A 17ª edição do Festival Escritaria, que decorre em Penafiel, entre 21 e 27 de outubro de 2024, homenageia este ano o poeta e músico brasileiro Arnaldo Antunes.
Autor de mais de 20 livros entre poesia e infantojuvenil e vencedor de dois prémios Jabuti (1993 e 2016), com os livros As Coisas e Agora Aqui Ninguém Precisa de Si, Arnaldo Antunes é uma referência cimeira da cultura brasileira.
Na música a sua impressão digital é forte, desde os anos 1980 com a banda Titãs, passando por uma carreira a solo cheia de sucessos de público e crítica, culminando com o grande sucesso que foi a sua colaboração com Marisa Monte e Carlinhos Brown no projeto Tribalistas.
Natural de S. Paulo, no Brasil, Arnaldo Antunes é “um dos expoentes máximos da poesia concreta”, “movimento artístico nascido nos anos 1950 e devedor do futurismo”, refere-se ainda, dando-se nota de que “esta poesia se caracteriza pelo seu vanguardismo, experimentalismo e profunda relação com as artes visuais”.
Na música, destaca-se a sua importância no boom do rock brasileiro nos anos 1980 com os Titãs, onde escreveu e cantou em álbuns icónicos como Televisão, Cabeça de Dinossauro ou Jesus Não Tem Dentes no País dos Banguelas.
No início da década de 1990 iniciou a sua carreira a solo com um disco essencial intitulado Nome e, daí em diante, gravou mais 12 álbuns, entre eles Silêncio, Paradeiro e O Real Resiste.
Ao longo da sua trajetória foi juntando colaborações com artistas como Gilberto Gil, Jorge Ben Jor, Marisa Monte, Carlinhos Brown, Adriana Calcanhotto, Marina Lima, Roberto Frejat, entre muitos outros.
A entrada no século XXI trouxe mais uma aclamação com o projeto Tribalistas, que vendeu mais de dois milhões de cópias. Um disco em que se juntou mais uma vez a Marisa Monte e Carlinhos Brown.
Em Penafiel, o Escritaria celebrará a poesia e a música de Arnaldo Antunes, duas expressões indissociáveis no seu universo artístico, que se estende ainda para as artes visuais e o cinema.