A peça O Meu Amigo H., com encenação Albano Jerónimo e Cláudia Lucas, estreia no Centro Cultural Vila Flor, em Guimarães, a 19 de maio.
Albano Jerónimo e Cláudia Lucas Chéu “embarcam numa viagem ao presente e ao futuro da democracia com O Meu Amigo H.”, partindo do texto de Yukio Mishima (1925-1970, Japão), e estreiam em absoluto a sua nova encenação com um elenco de peso a bordo composto por Pedro Lacerda, Rodrigo Tomás, Ruben Gomes e Virgílio Castelo.
Depois de ser eleito líder do país e ter neutralizado todas as forças que se lhe opunham, H. tem a possibilidade de aumentar ainda mais o seu poder: o Presidente atual está às portas da morte e, com o apoio das Forças Armadas, H. pode suceder-lhe. Identificadas as ameaças à sua ascensão, na Noite das Facas Longas centenas de membros do Partido foram assassinados, o exército foi extinto e a situação controlada. O resto já sabemos ou já o esquecemos? A questão levantada por Mishima, nesta peça tão calculista, pode hoje ser colocada desta forma: o que pode um Regime fazer quando aqueles de quem precisou, aqueles que manipularam as massas em seu favor, se tornam incómodos? O Regime não sobrevive sem a multidão, mas tem lugar para intermediários ou precisa de ser ele a controlá-la?
A peça conta com as interpretações de Pedro Lacerda, Rodrigo Tomás, Ruben Gomes e Virgílio Castelo.
Esta coprodução d’ A Oficina/Centro Cultural Vila Flor, Teatro José Lúcio da Silva, Culturgest e Casa das Artes Vila Nova de Famalicão, é adaptada por Albano Jerónimo, Cláudia Lucas Chéu e Ricardo Braun (também responsável pela dramaturgia), a partir do texto de Yukio Mishima, tendo o espaço cénico também às mãos de Albano Jerónimo e o desenho de luz de Rui Monteiro, a música de Carincur e o vídeo de João Pedro Fonseca.
Os bilhetes, à venda nos locais habituais, custam entre 10 euros ou 7,50 euros com desconto.