O Auditório Jorge Sampaio do Centro Cultural Olga Cadaval em Sintra foi o palco do primeiro concerto de celebração dos 20 anos de carreira de João Pedro Pais – com lançamento do álbum 20 Anos (que inclui 2 Inéditos) – na noite de 4 de novembro.
Com o auditório cheio, foi um concerto muito emotivo, participado e aplaudido. Sempre que João Pedro Pais disse “Façam favor”, a plateia respondeu cantando. Grande parte das vezes não foi necessário qualquer pedido.
Do som do piano por Rui Almeida e do gemido da guitarra portuguesa por Pedro Henriques, irrompe o “Conta-me histórias…” do “Ninguém (é de ninguém)” com vigorosos aplausos.
“Muito boa noite. Boa noite. É um prazer enorme regressar ao Centro Cultural Olga Cadaval, regressar a Sintra [aplausos] Muito obrigado”.
O “Nesse dia choveu” foi escutado em silêncio; a percussão (por Fernando Tavares) a acompanhar o “Havemos de lá chegar” fez agitar as cabeças, sempre entre aplausos. De nada valeu o anúncio de restrição à gravação de imagens tal foi o número de telemóveis a registar o “Não há (ninguém como tu)” com a banda completa em palco, também muito cantado pela plateia. E “Faz tempo”, o primeiro dos inéditos do novo álbum.
De mão no peito, João Pedro Pais, emocionado, referiu que se emociona, agradeceu estes 20 anos, agradeceu à editora que o acolheu e por quem acreditou nele há 20 anos. Contou que tudo aconteceu de forma gradual e simples, que sempre ouviu a opinião dos AR com muita atenção e com dúvidas. A evolução depende da criatividade dele e da vontade do público. Como lhe terá dito a mãe: “Enquanto não te mandarem embora, deixa-te estar”.
Seguiu-se “A palma e a mão”, “Isto do amor”, “Mentira”, “Estás à espera do quê”, “És do mundo” (segundo inédito, quiçá o top1 JPP), “Mais do que uma vez” ( “… Que ninguém vá Onde vou /Nunca estás Onde estou/ Que ninguém fale De quem falou/ Nunca digas quem eu sou (…)”) e “Nada de Nada” com JPP a marcar o ritmo das vozes e das palmas.
“Louco” e “Passo a Passo” foram os últimos temas, com estórias e agradecimentos. Mas ninguém demoveu com a despedida. Todos de pé. João Pedro Pais dirigiu-se para o piano com novo agradecimento ao CC Olga Cadaval pela celebração destes 20 anos.
“Este é talvez, de todos os espetáculos, o mais difícil da minha vida e o mais fácil para vocês. O mais fácil para vocês por estarem sempre comigo do principio ao fim; o mais difícil para mim pelas emoções (….)”.
Dedica um tema ao piano à Mãe (“Vou pedir que ela vos proteja a todos, mesmo”).
“Um resto de tudo” com Pedro Henriques na guitarra portuguesa, “Lembra-te de mim” com Sergio Mendes na guitarra e “Um volto já” com todos fecharam o concerto.
“Agora sim, chegou até ao fim. Muito obrigado. Muito obrigado mesmo. A todos vocês que têm a amabilidade de estar aqui comigo hoje. Até sempre, façam o favor de ser felizes e muito juíiiiiiizo”(…).”