Depois de terem estado no Coliseu do Porto a 23 de Outubro, os GNR voltaram a abrir a Caixa Negra no Coliseu dos Recreios em Lisboa em plena noite de Halloween.
Do novo trabalho do mítico “Grupo Novo Rock” – “Caixa Negra” – que deu também nome a este concerto, veio o tema da abertura, o primeiro entre tantos dos que contam para os trinta e quatro anos de carreira, e que efetivamente marcaram uma agradável viagem no tempo. “Efetivamente” foi o terceiro tema, aplaudido do início ao fim, depois de “Triste Titan” e antes de “Telefone Pecca” e “Homens”(temporariamente sós).
Agradado com a audiência, Rui Reininho brincou, referindo-se à sala: “Que saudades que eu já tinha desta casinha…. Um casarão!”
Lançou-se ao “Pós-moderno” e voltou a render-se ao “Mais vale nunca” cantado a meias com a sala do Coliseu antes do “Sub-16”.
Com a primeira convidada dos pés vermelhos – Rita Red Shoes – ensaiou uns passitos no “Dança Sós” contrariando a letra que diz “Habitualmente dança-se só, só só (…)”.
“Honolulu”, Video Maria”, “Las Vagas”, trauteadas nos lábios do público, fizeram o trajeto até ao próximo convidado. Tomás Wallenstein, das novíssimas gerações, dividiu com Reininho “Popless” e “Belevue” com novos arranjos para dueto em que a voz do Rei Reininho dá corpo ao final das estrofes.
Vieram as “Asas”(maravilhosas) antes dos ritmos mais latinos e mais animados com o salero dos “Los Cavakitos” em “Macabro” e “Nova Gente”. Maria João, uma ouvinte da rádio patrocinadora do concerto, teve direito por concurso ao palco do Coliseu para cantar ao lado de Reininho – “Inferno”.
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Momento alto na “Pronúncia do Norte” com acordeão e o som da gaita de foles de Gonçalo Marques marcou também o regresso ao palco de Rita Red Shoes para mais um dueto com Reininho na “Morte ao sol”. Estava-se quase quase no fim e terminaria em beleza com “Sangue Oculto” com os Los Cavakitos novamente divertidos e vestidos a preceito.
“Adeus muxachos, companheros de mi vida (…) e vamos embora” – disse Reininho.
Foram mas voltaram. Tinha que ser. Mais quatro temas no encore – “Corpos”, “Morrer em Português”, “Ana Lee” e “Dunas” – para satisfazer os corpos que dançaram, as mãos que aplaudiram e os lábios que trautearam quase todas as canções. Efetivamente.
Reportagem de Madalena Travisco e Madalena Bastos