Considerado como uma das maiores e mais esplêndidas provas de amor de todos os tempos, o Taj Mahal – na Índia e a sua construção, serviram de inspiração ao livro de
Escrito de uma forma fluída e cativante, o livro com mais de 300 páginas transporta-nos até ao século XVII, a dois mundos completamente distintos, que por causa de uma sucessão de acontecimentos se vão encontrar no império dos Xás, entre elefantes e templos gigantescos, entre laranjas e dourados.
O Sonho do Taj começa em França, com Agustin Hiriat, joalheiro de Bordéus, que é levado da sua terra para Paris, para realizar uma encomenda especial para o rei Henrique IV da França, depois do trabalho concluído ele é enviado para Ingaterra, para cumprir uma missão diplomática junto ao rei James I de Inglaterra, acabado de subir ao trono. Mudanças políticas e sociais, associadas a partidas do destino, levam o jovem de Bordéus a partir numa viagem sem fim, na companhia de Birbal, um jovem e enigmático indiano, que o convida a viajar para a Índia, onde o destino os aguarda.
Intercaladamente à história de Hiriat, o autor conta-nos a história de Arjumand Banu Begum e do princípe Khurram (futuro Xá da Índia- Mogol), que decorre em Agra e é neste contexto que o autor nos descreve a Índia dos Xás, em que os elefantes eram o principal meio de transporte, os homens da nobreza tinham mais que uma mulher, as artes do amor eram ensinadas desde cedo às jovens para agradarem aos maridos e aos amantes e os artistas eram respeitados e venerados.
Os ingleses e os portugueses disputavam entre si o controlo comercial das Indías, o mundo a Ocidente continuava a mudar e a instabilidade política crescia, mas em Arga, os dois jovens lutavam para ficar juntos e concretizar o seu amor, que deu origem a 14 filhos, e nem depois da morte da sua amada, apelidada de Mumtaz Mahal – A jóia do palácio, teve fim.
E é esta história de amor, bela, profunda e invulgar, que o Xá quis perpetuar com a construção de um túmulo grandioso e de uma beleza nunca vista – o Taj Mahal (uma das Sete maravilhas do mundo moderno), cuja beleza e arte não tem igual em todo o mundo, construído junto às margens do rio Yamuna.
Um amor especial, eternizado por uma obra magnífica, relembrado por Christian Petit, num livro que se lê num unico fôlego e não apetece parar.