A peça A Morte de Raquel sobe ao palco do Teatro Nacional S. João (TNSJ), de 12 a 15 de novembro.
A peça, com texto e encenação de Raquel Castro, conta com interpretação de Joana Bárcia, Nuno Nunes, Raquel Castro, Rita Morais, numa coprodução Barba Azul, São Luiz Teatro Municipal, Teatro Nacional São João apoio financeiro Fundação GDA.
Estamos em 2080, o ano em que Raquel Castro morreu. Tinha 99 anos e no seu epitáfio constam as seguintes palavras: “Esqueci-me de apanhar a roupa!” A atriz e encenadora convida-nos para o seu velório, um velório nada convencional, um pouco excêntrico até. Em palco, três atores assumem a voz de Raquel. Boicotam a ordem cronológica, misturam recordações reais ou adulteradas da sua vida até 2020 com uma fabricação de factos ocorridos entre essa altura e o ano de 2080. Constroem um futuro simultaneamente “temido”, “previsível” e “desejado”. A Morte de Raquel explora as possibilidades de um futuro imaginado. É um espetáculo que brinca com a ideia do fim e tenta sobreviver aos medos que desperta. Com ele, Raquel Castro acrescenta mais um capítulo a um percurso artístico fascinado pela exploração autobiográfica e autoficcional. Os Dias São Connosco (2013), a sua primeira criação em nome próprio, era um diário filmado para a sua filha mais velha ver quando tiver 28 anos, em 2038. Os nascimentos e as mortes de Raquel Castro têm muitos futuros e muito teatro dentro. Alguém tem a gentileza de ir apanhar a roupa dela?
A Morte de Raquel, para maiores de 12 anos, tem duração aproximada de 1h30.
Em cena, quinta e sexta-feira, às 19h00 e sábado e domingo, às 11h00. Os bilhetes estão à venda online e no local por 5 euros.