Muita vontade de fazer festa e pintá-la de várias as cores. Foi esse o espírito de milhares de jovens que se encontrara ontem, na zona exterior do estádio da Luz para o Happy Holi.
Esta foi a sétima edição de um evento, inspirado no festival Holi na Indía, que se realiza anualmente na Primavera. Desprovido de qualquer conotação espiritual ou religiosa, este festival vai buscar sentido à alegria de pintar o corpo de cores, neste caso, de pós coloridos. O público jovem mantem-se fiel ao conceito e preenche o espaço. A música complementa a animação com um set de DJs. A tarde começou com Spinderella, já habitual neste cartaz. A Dj, natural do Porto, deixou o público, que ainda ia entrando no recinto, bem “happy” com a sua atuação. Seguiu-se André Henriques, voz conhecida da rádio, que mais recentemente aplicou a sua energia e boa disposição na mistura de músicas.
Favela Lacroix é aquela personagem que não deixa ninguém indiferente. Uma combinação de voz, dança e pose sexy, que dá corpo ao funk brasileiro. “Não vem de brincadeira, eu vim só para arrasar”.
Tom Enzy conseguiu combinar os mais recentes êxitos das playlists com o hiphop que este público tanto gosta. Promoveu ainda um momento cheio de emoção, ao pedir a todos para formarem um coração com as mãos, para trazer para o palco a sua pequena filha, de um ano de idade.
Seguiram-se os No Maka, dupla de DJs que explora os beats afro e kuduro e muita agitação no meio do recinto, com a diversão em forma de moshpit. Diego Miranda, também assíduo do Happy Holi foi recebido de forma efusiva, e fez a transição do final do dia.
Num ambiente mais urbano do que edições anteriores, sentiu-se mais a concentração de pessoas no recinto. As longas filas ao início da tarde, para conseguir bebidas, foram duramente criticadas por quem procurava fazer face às elevadas temperaturas que se faziam sentir. A situação foi normalizando, ao longo do dia. A música e a animação acabaram por sair vencedoras numa tarde de festa.