A peça Alice no País das Maravilhas, produzida pelo Teatro do Elétrico e Teatro da Terra, com encenação de Maria João Luís e Ricardo Neves-Neves, adaptada por Ricardo Neves-Neves a partir de Lewis Carroll, numa tradução de Margarida Vale de Gato, apresenta-se, em janeiro, em Loulé, Ponte de Sor, Ílhavo e no Porto, depois da estreia no Teatro Nacional D. Maria II em Lisboa.
A obra mais conhecida de Charles Lutwidge Dodgson, publicada em 1865, sob o pseudónimo de Lewis Carroll, é uma das mais célebres obras do género nonsense e do absurdo.
Uma menina chamada Alice é atraída através da sua curiosidade para uma toca de coelho, onde cai e é transportada para um lugar fantástico, povoado por criaturas particulares e onde impera uma lógica absurda e paralela à do nosso quotidiano.
É um retrato crítico da Inglaterra Victoriana, a partir de figuras reais do meio por onde Lewis Carroll se move.
A linguagem criada por Lewis Carroll, numa constante fuga e crítica ao racionalismo, faz com que esta obra se desvie do padrão literário da época. O nonsense como linguagem representa de certa maneira a libertação de um modelo de discurso ou de normas literárias pré-definidas, bem como da rigidez social que impera na Era Victoriana.
Alice no País das Maravilhas conta com encenação de Maria João Luís e Ricardo Neves-Neves, que também adaptou o texto e as interpretações de Ana Amaral, Beatriz Frazão, Joana Campelo, José Leite, Leonor Wellenkamp Carretas, Márcia Cardoso, Maria João Luís, Patrícia Andrade, Pedro Lacerda, Rafael Gomes, Sílvia Figueiredo e Beatriz Maia, Helena Caldeira, Inês Dias.
A peça vai estar de 11 a 13 de janeiro, no Cine-Teatro Louletano; e 19 de janeiro, para o Teatro Cinema de Ponte de Sor, com apresentação, no dia 26 de janeiro, na Casa da Cultura de Ílhavo e, de 30 de janeiro a 10 de fevereiro, no Teatro Nacional São João, no Porto. Os bilhetes vão estar à venda nos locais.