“Amália Hoje” emocionaram Coliseu de Lisboa

amalia_hoje_8974Um Coliseu dos Recreios esgotado aguardava os “Amália Hoje”, na segunda-feira, dia 5 de Outubro, para um dos espectáculos previstos, no âmbito das celebrações dos 10 anos passados sobre a morte da fadista, numa noite que se previa ser de muitas emoções.

Pouco passava das 21h30 quando Sónia Tavares e Nuno Gonçalves dos The Gift, Fernando Ribeiro dos Moonspell e Paulo Praça dos Plaza, acompanhados pela Orquestra Nacional Sinfónica de Praga e pelo coro de vozes que participou nas gravações do disco, subiu ao palco da grande sala de espectáculos lisboeta, que tantas vezes se encheu para ver e ouvir Amália.

Com estilo  muito diferente da fadista, Sónia Tavares dá um tom moderno e irreverente aos velhos êxitos do fado, acompanhados de novos arranjos, tornando alguns dos temas quase irreconhecíveis, como por exemplo “Gaivota” e “Com Que Voz” que teve honras de abertura.

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Os “Amália Hoje” têm uma interpretação muito própria dos temas, chegando até a originar  muita polémica à volta do projecto, o que não os impediu de conquistar muitos fãs e atrair uma nova geração, para quem Amália era um nome do passado. Uma conquista que se verificou na noite de segunda-feira, com várias gerações a assistirem entusiasmadamente ao concerto.

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Foram vários os temas em que o público se levantou, cantou e dançou até não poder mais, como no “Nome de Rua” ou “Formiga Bossa Nova”. Os temas “O Medo”, “Fado Português” foram também dos mais aplaudidos da noite. Em “Foi Deus”, as luzes dos telemóveis (ligados a pedido da banda),  iluminaram a grande sala, num momento muito emocionante.

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A representar a faceta mais internacional de Amália, a banda escolheu “L`importance C`est La Rose” e um inédito, descoberto por Nuno Gonçalves, no fundo dos arquivos da Valentim de Carvalho, cujo filme foi projectado no Coliseu quase no fim do espectáculo. “Soledad” era o tema então ensaiado por Amália e pelo seu amigo Alain Oulman, que agora pôde ser ouvido em público.

Para o encore, o grupo escolheu os emblemáticos “Gaivota”, cantado com a ajuda do público e acompanhado ao piano e, o irreverente “Formiga”. Ao todo foram 14 músicas que o grupo recriou e recordou deixando o público com vontade de mais.

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A despedida foi feita com flores, tão ao gosto de Amália, que os músicos resolveram partilhar com o público, num remate afectuoso, de uma noite que se revelou cheia de emoções e surpresas.

Segue-se o Coliseu do Porto no dia 9 e Vila do Conde no dia 10 de Outubro.

Fotos de Sara Santos

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