A Casa de Ramallah, de António Tarantino, é o espetáculo que os Artistas Unidos estreiam a 10 de setembro, no Teatro da Politécnica.
A casa de Ramallah, a que as personagens se referem, não existe, é apenas sonhada, e nunca poderia existir junto ao mar, tal como é improvável a geografia palestina e esse interregional onde decorre o drama de um casal que acompanha a filha adolescente até um suicídio político. É italianizando tudo que Tarantino nos mostra uma realidade surpreendente mas credível dentro da qual vibra um desespero tanto mais real quanto vibram por todo o lado as verdades possíveis, vivificadas por tiradas dignas do melhor Tarantino. É uma viagem trágica, a viagem dos pobres.
Monólogo perfeito de quarenta e poucos minutos, parece a história trivial de um jovem amor, da paternidade e da família, mas com a ratoeira de uma tragédia sem sentido. Pode ser Deus responsável pela beleza da vida e também pela crueldade inexplicável?
A peça pode ser vist às terças e quartas às 19h00, quintas e sextas às 21hoo, e sábados às 16h00 e 21h00, e os bilhetes adquiridos no local.
No mesmo dia, e no mesmo espaço, a Companhia inaugura a exposição 21 Artistas no Teatro da Politécnica. Unidos pela cultura, 21 artistas plásticos apresentam os seus trabalhos.
Destaque ainda para a peça Um Precipício no Mar, de Simon Stephens, com estreia marcada para amanhã, dia 6 de setembro, no Cine-Teatro do Sobral de Monte Agraço, pelas 21h30, seguindo depois em digressão para Abrantes, no Cine-Teatro S. Pedro, a 12 de setembro, às 21h30, e em Santarém, no Teatro Sá da Bandeira, a 13 de setembro, às 21h30.
Texto de Teresa Leal