À descoberta das reservas do Museu Municipal Pedro Nunes – A Azulejaria do Século XVI é o nome da exposição que está patente ao público na Cripta Arqueológica do Castelo de Alcácer do Sal.
Chegado à Península Ibérica através da expansão islâmica, o azulejo teve a sua origem nos centros hispa-mouriscos de Valência, Sevilha e Marrocos, que o exportaram para Portugal durante os finais do século XIV, século XV e primeira metade do século XVI. Entre os séculos XV e XVII, o azulejo revestia interiores de igreja e palácios, tetos, claustros, salões, degraus, escadarias, bancos, fontanários e canteiros de jardim. Até meados do século XVIII as habitações particulares não utilizavam o azulejo a não ser em alguns registos nas frontarias, com a invocação de Santos. Após esta fase, esses registos multiplicaram-se, facto atribuível à crença dos proprietários em como estas imagens protegiam as suas habitações.
Na segunda metade do século XIX o uso do azulejo na fachada tornou-se um dos elementos dinamizadores da arquitetura, concedendo um novo colorido à paisagem urbana. Surgiu como um fenómeno urbano, se bem que aliado a uma corrente de gosto, a par da crescente industrialização e desenvolvimento tecnológico, em que as fachadas principais eram revestidas por azulejos multicolores, por vezes complementadas com outro tipo de artefactos cerâmicos.
A exposição, constituída por 11 peças de azulejaria hispano-árabe (três pequenos painéis e azulejos avulso), pode ser visitada até ao dia 30 de julho, de terça-feira a domingo, das 9h30 às 13h00 e das 15h00 às 18h30.