O Teatro Nacional de São Carlos apresentou, em estreia absoluta, Banksters, uma ópera tragicómica sobre a vida e a morte, numa sátira cheia de ironia.
A ópera divide-se em três actos, libreto de Vasco Graça Moura e inspira-se na peça Jacob e o Anjo de José Régio. A música é do compositor Nuno Côrte-Real e encenação de João Botelho, cineasta que se estreia nesta função.
A direcção musical cabe ao holandês Lawrence Renes e conta com a participação da Orquestra Sinfónica Portuguesa e do Coro do Teatro Nacional de São Carlos. Os figurinos e a cenografia são de autoria de Sílvia Grabowski, a realização vídeo é de Edgar Alberto e o desenho de luz de Pedro Martins.
Nuno Côrte-Real no início de cada récita fará uma exposição da sua perspectiva sobre Banksters intitulada “Breves Palavras pelos Compositores de Hoje”, no Salão Nobre do Teatro.
A ópera acompanha a vida do banqueiro Santiago Malpago e da sua mulher Mimi Kitisch. O banqueiro é visitado pelo jornalista Angelino Rigoletto, um anjo-demónio cuja função é fazer com que o banqueiro se reencontre e encontre a luz e a paz na morte, que em vida sempre lhe fugiu. A mulher do banqueiro, senhora da mais alta elegância e educação é hipócrita, cruel e ambiciosa, contribuindo para a queda do marido.
A interpretação cabe a Santiago Malpago – Jorge Vaz de Carvalho, Angelino Rigoletto – Musa Nkuna, Mimi Kitsch – Sara Braga Simões, Accionista – Diogo Oliveira, Porta Voz – Chelsey Schill, Presidente da AG – Nuno Dias, Magistrado – José Lourenço, Médico – Ana Ferro, Advogado – José Corvelo e Seguranças do banco – Bruno Almeida e Christian Lujan.