A Fundação Serralves, a celebrar 30 anos da sua criação, inaugurou, no passado dia 24 de junho, a Casa do Cinema Manoel de Oliveira (CCMO). Cumprindo o desejo do realizador, Serralves abre legado e arquivo de Manoel de Oliveira ao público, num evento presidido pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.
Quatro anos depois da morte de Manoel de Oliveira, a CCMO traz o cinema para o universo livre da are contemporânea, com uma programação que conjuga posicionamento local e alcance internacional da sua obra.
Fotografias, textos, desenhos, preparatórios, adereços, guiões, prémios, cartazes e biblioteca do cineasta estarão expostos na CCMO, um vasto núcleo de documentação de mais de oitenta anos de história do cinema, da arte e da cultura em Portugal. A exposição permanente propõe um percurso através da obra de Manoel de Oliveira, com recurso à tecnologia, proporcionando ao visitante uma visita imersiva e interativa. A CCMO apresenta, ainda, sessões diárias de filmes do realizador.
A exposição inaugural, patente até 15 de junho de 2020, Manoel de Oliveira – A Casa incide sobre as múltiplas representações da casa no cinema do realizador, tendo por foco o filme Vista ou Memórias e Confissões (1982). Ao longo da mostra serão apresentados excertos de filmes do cineasta. A acompanhar esta exposição será lançado um catálogo bilingue com ensaios de António Preto, Mathias Lavin, Regina Guimarães e Nuno Grande, bem como uma conversa entre Manoel de Oliveira e Álvaro Siza, editado pela Fundação Serralves.
A CCMO propõe, ainda, visitas orientadas, nos dias 14 de julho, pelas 12h00, com António Preto; 29 de setembro, pelas 12h00, com Regina Guimarães; no dia 13 de outubro, pelas 12h00, com Nuno Grande e no dia 27 de outubro, no mesmo horário, com Ricardo Vieira Lisboa.