Durante o mês de setembro, a Casa-Museu Medeiros e Almeida vai apresentar uma exposição de leques de cabecinhas na Casa-Museu Medeiros e Almeida, em Lisboa.
Os leques pertencem ao espólio de António de Medeiros e Almeida e a maioria dos exemplares estará patente ao público pela primeira vez.
O leque, objeto usado desde a mais remota antiguidade, tem diversas lendas associadas à sua origem. Uma diz que Cupido, deus do amor, furtou uma asa de Zéfiro, deus do vento, para poder abanar e refrescar Psique, a sua bela amada, enquanto dormia.
A versão chinesa une a origem do leque com a figura de Kan-Si, bela donzela filha de um poderoso mandarim, que, durante um baile, tirou a máscara incomodada com o calor. Como era proibido que a filha de um mandarim mostrasse em público a sua face serviu-se de um leque para abanar-se e, ao mesmo tempo, cobrir o rosto, tendo o seu gesto sido imitado pelas outras damas.
No Japão, a invenção do leque é remetida para o século VII a.C., quando um artesão da corte do Imperador, numa noite de primavera, observou o voo de um morcego e, fascinado pelo mecanismo das suas asas, decidiu copiá-lo, fabricando assim o primeiro leque que dobra.
Esta exposição poderá ser visitada apenas durante o mês de setembro, entre as 13h00 e as 17h30 de segunda a sexta-feira e das 10h às 17h30 aos sábados, estando encerrada aos domingos. Aos sábados, das 10h00 às 13h00, a entrada é gratuita. Para visitas guiadas será necessário fazer marcações prévias.
Texto de Isabel Baptista