É considerado um dos maiores arquitetos portugueses das últimas décadas, e da sua geração, com obras públicas e privadas apreciadas em todos os contos do mundo, Eduardo Souto Moura vê agora o seu trabalho dar mote à exposição Continuidade, que pode ser vista até 18 de setembro, na Garagem Sul do CCB, em Lisboa.
Com curadoria de António Sérgio Koch e André de França Campos, a mostra tem como atrações principais sete maquetes de projetos da autoria do arquitecto portuense, desenhados entre 1991 e 2012.
O percurso expositivo começa com uma entrevista de 20 minutos, de João Belo Rodeia, presidente da Ordem dos Arquitetos, a Eduardo Souto Moura, na qual este fala sobre o seu trabalho, já distinguido em 2011 com o Prémio Pritzker e em 2013 com o Prémio Wolf.
Seguem-se sete módulos, cada um dedicado a um projeto e acompanhado de um pequeno filme sobre o mesmo, da autoria do realizador japonês Takashi Sugimoto, e que o visitante pode assistir sentado em bancos de cortiça, um material nacional e muito apreciado pelos arquitetos – aqui colocado com o apoio da Corticeira Amorim.
O Edifício Hidroelétrico da Barragem do Tua, datado de 2012, é o primeiro, aqui podemos ver em escala a grandiosidade do projeto; segue-se o Estádio Municipal de Braga de 2004; As Estações do Metro do Porto em 2001; a Torre do Edifício Burgo, no Porto de 2007, com 23 andares.
Mais a meio, encontramos a Casa das Histórias Paula Rego, em Cascais de 2008, marcada pelas suas “chaminés”, seguida de dois projetos privados, a Casa da Serra da Arrábida de 1994; e a terminar a Casa de Moledo, em Caminha de 1991, onde se pode ver até os pormenores da paisagem natural onde está inserida a casa.
Projetos escolhidos pelo autor, que marcam épocas, momentos e o seu estilo tão característico, sendo também ilustrativas da arquitetura contemporânea.
Acompanha a exposição uma folha introdutiva à mostra e ao autor com texto de apresentação da autoria de Álvaro Siza Vieira, outro grande nome da Arquitetura Portuguesa, e com quem Souto Moura colaborou entre 1975 a 1979.
De destacar ainda a existência de uma instalação, da autoria de Custódio Araújo Arquitetos, na Praça CCB, que convida os visitantes a usufruir daquele espaço, e onde a cortiça foi o material escolhido.
O programa complementar inclui uma conferência de encerramento da exposição, proferida por Eduardo Souto de Moura, no dia 12 de setembro, às 19h00, no Grande Auditório do CCB.
Eduardo Souto Moura: Continuidade pode ser vista até dia 18 de setembro, na Garagem Sul do CCB, em Belém, de terça feira a domingo, das 10h00 às 17h00. Os bilhetes estão à venda no local e custam 4 euros, a partir dos 18 anos.