Acrobatas, malabaristas, músicos e cantores do Cirque du Soleil estão de regresso a Lisboa, desta vez, com Quidam. O nome até pode soar familiar, pois em abril de 2008 atuaram com o espetáculo de tenda no Passeio Marítimo de Algés. Ao MEO Arena chega agora uma nova produção, totalmente renovada, adaptada às potencialidades das estruturas dos grandes recintos cobertos.
Entretenimento, de elevada qualidade e adequado a todas as idades, é o que se pode retirar destas duas horas de apresentação. Olhos esbugalhados e boca semiaberta de espanto são as expressões mais observadas na plateia que assiste, incrédula às proezas destes super homens e mulheres que ocupam o plateau. A admiração vai alternando com fortes gargalhadas provenientes dos números cómicos que fazem a ligação entre as cenas.
Uma criança, Zoe, é a protagonista deste espetáculo. Perante a indiferença dos pais, que pouca atenção lhe dão, cria o seu próprio mundo imaginário, recheado de personagens que a nimam e divertem. É nesse mundo de Quidam que se desenrola a ação, o lugar onde há espaço para sonhar, para as relações genuínas e onde o indivíduo pode emergir do anonimato e afirmar a sua individualidade.
Característica do Cirque du Soleil, há uma banda a tocar ao vivo, sempre sincronizada com os movimentos a que se assiste em palco, capaz de empolgar os mais distraídos. A respiração que se suspende porque em palco os artistas parecem ignorar a noção de gravidade e, de forma graciosa e delicada contorcem-se em movimentos improváveis. Cordas em suspensão ou longas fitas de seda são usados como único suporte de quem desafia a vida, todos os dias. Há quem use o corpo em exclusivo (como??? – perguntamos nós). Rotações, piruetas e outras voltas revelam-nos a capacidade quase infinita do ser humano.
Tudo no Cirque du Soleil é belo e harmonioso. Mesmo os figurinos, que neste espetáculo são mais sóbrios do que o habitual, com cores neutras e cortes muito semelhantes ao vestuário de todos os dias, tornam este sonho infantil mais próximo da realidade. Os espetadores são parte importante deste grande espetáculo e convidados a subir ao palco em alguns momentos.
Quidam pode ser visto no MEO Arena dias 19 de dezembro (21h30), 20 e 21 de dezembro (18h00 e 21h30), 22 e 23 de dezembro (21h30), 25 de dezembro (18h00), 26 e 27 de 28 de dezembro (18h00 e 21h30). Os bilhetes encontram-se à venda nos locais habituais e custam entre 37 e 70 euros.
