Christo, Jasper Johns, Donald Judd, Roy Lichtenstein, Robert Rauschenberg ou Andy Warhol, são alguns dos nomes que fazem parte da Coleção Sonnabend, cujas obras podem agora ser admiradas, a partir de dia 5 de fevereiro, Museu de Arte Contemporânea de Serralves, no Porto.
The Sonnabend Collection. Meio Século de Arte Europeia e Americana. Part 1 é o nome da exposição dedicada a uma das mais importantes coleções de arte americana e europeia da segunda metade do século XX, reunida pela galerista Ileana Sonnabend. A exposição é comissariada por António Homem, e organizada com a colaboração de Fondazione Musei Civici Venezia (MUVE), Ca’ Pesaro, em Veneza, e da Sonnabend Collection Foundation.
Foi Ileana Sonnabend quem levou para as suas galerias de Paris e Nova Iorque os principais protagonistas da arte pop, do minimalismo, da arte povera, do pós-minimalismo e da arte conceptual.
A mostra, que chega agora a Serralves, inclui 61 pinturas, esculturas e instalações de 1956 à atualidade, da autoria de 43 artistas, a maioria apresentada pela primeira vez em Portugal. Muitos dos artistas presentes são referências essenciais na Coleção de Serralves. Entre os vários trabalhos de grande escala que integram a exposição está o desenho mural de Sol LeWitt Arc from Four Corners. A sua instalação nas galerias do Museu de Serralves conta com a colaboração do Estate of Sol LeWitt e envolve a participação de alunos da Escola de Belas-Artes do Porto.
A exposição está concebida em cinco núcleos, categorizada por movimentos artísticos. Cada núcleo expositivos pretende salientar as afinidades conceptuais, estéticas e plásticas dos artistas representados, destacando simultaneamente o papel singular de cada um e o de, Ileana Sonnabend, na história da arte da segunda metade do século XX.
No primeiro núcleo, é dedicado a Ileana Sonnabend, onde se inclui o trato feito por Andy Warhol. Outro ligado à arte pop americana e ao nouveau réalisme francês inclui pinturas e esculturas de Arman, John Chamberlain, Christo, Jim Dine, Jasper Johns, Roy Lichtenstein, Robert Morris, Claes Oldenburg, Robert Rauschenberg, James Rosenquist, George Segal, Mario Schifano, Andy Warhol e Tom Wesselmann.
O terceiro núcleo integra obras associadas à arte povera e à antiforma, da autoria de Giovanni Anselmo, Pier Paolo Calzolari, Jannis Kounellis, Mario Merz, Robert Morris, Bruce Nauman, Guilio Paolini, Richard Serra, Keith Sonnier e Gilberto Zorio.
O quarto núcleo debruça-se sobre o minimalismo, com os artistas John Baldessari, Larry Bell, Mel Bochner, Peter Halley, Donald Judd, Clay Ketter, Sol LeWitt, John McCracken e Michelangelo Pistoletto.
O quinto núcleo inclui uma peça de chão criada por Barry Le Va e pinturas dos neoexpressionistas alemães Jörg Immendorff, Anselm Kiefer e A. R. Penck, mostradas paralelamente a obras de Richard Artschwager, Carroll Dunham, Robert Feintuch, Fischli & Weiss, Michelangelo Pistoletto, Rona Pondick, Robert Watts e Terry Winters. Estas obras, sobre temas muito diversos, proporcionam uma visão excêntrica – surreal, mítica, simbólica, alegórica, emocional – de mundos reais ou imaginários, provocando no observador um sentimento de estranheza.
Em 2015 uma seleção de pelas da Coleção Sonnabend havia já sido mostrada no Museu Arpad Szenes – Vieira da Silva, numa exposição também comissariada por António Homem.
A exposição pode ser vista até ao dia 8 de maio, de terça a sexta-feira entre as 10h00 e as 18h00 e aos sábados, domingos e feriados, das 10h00 às 19h00. A entrada no Museu custa 10 euros e inclui entrada no parque. É gratuita aos primeiros domingos de cada mês, das 10h00 às 13h00.
Por Tânia Fernandes (Texto e Fotos)