O Museu da Cidade do Porto, cuja extensão será erguida no Matadouro Industrial de Campanhã, acolherá «mais de 1.100 peças de pintura, escultura, mobiliário, têxteis, objetos de uso quotidiano, entre outro tipo de peças e obras» da coleção particular de Távora Sequeira Pinto.
O projeto de reconversão do antigo Matadouro, com assinatura do arquiteto japonês Kengo Kuma, em parceria com o atelier portuense OODA, tem inauguração prevista para 2023.
Nuno Faria, diretor artístico do Museu da Cidade, “revelou a singularidade de algumas das peças, que partem de um conjunto que se estende de pintura, escultura, desenho, a mobiliário, têxteis, ourivesaria, objetos religiosos, objetos de uso quotidiano, artefactos exóticos, entre outros mais particulares. Adquiridas por Álvaro Sequeira Pinto, fruto de intenso estudo e dedicação pessoal, “o espectro temporal e geográfico é também ele vasto, entre a Índia, a China e o Japão, ou outros países em que a presença dos portugueses foi historicamente importante, tendo incidência nos séculos XV e XIX, mas ampliando-se à antiguidade clássica e a outras épocas”, explicou o responsável.
A colecção, com enfoque humanista, assenta na ideia de “contaminação e de fusão de formas, de motivos e de materiais que dão corpo a um sincretismo religioso, espiritual e cultural”, informou também Nuno Faria.
“A partir do Porto, um museu moderno e descomplexado, simples e com um discurso expositivo linear; com um programa dinâmico e propulsor de diálogos e interações com o universo que a própria coleção reflete”, afirmou ainda Álvaro Sequeira Pinto.