A Companhia Nacional de Bailado resolveu associar a sua próxima temporada à obra de Sophia de Mello Breyner Andresen.
A ligação da poetisa à dança marca, desde logo, presença em Orfeu e Eurídice, que estreia no Teatro Camões a 27 de fevereiro. O bailado, com assinatura de Olga Roriz, centra-se num dos mitos favoritos da escritora e assinala os 300 anos do nascimento de Chistopher Willibald Gluck, compositor da ópera homónima. A música será interpretada ao vivo pela Orquestra Divino Sospiro, o Ecce Ensemble e o coro da Escola Superior de Música de Lisboa.
A homenagem à poetisa estará presente ainda num espetáculo a partir de A Fada Oriana, que deverá percorrer as escolas com o apoio da Direção-Geral da Educação.
Ainda em abril, com continuação no mês seguinte, o Teatro Camões acolhe Mozart Concert Areas, da belga Anne Tersa de Keermaeker.
Já em maio, a companhia recebe duas peças encomendadas pelos suecos da GoteborgsOperans Danskompani: Noetic, de Sidi Cherkaoui e Metamorphosis, de Saburo Teshigawara. Ambas as obras serão estreadas em Gotemburgo, em março e a sua vinda a Lisboa insere-se no Projeto European Dance Exchange, ao abrigo do qual a CNB se apresentará em Gotemburgo com O Lago dos Cisnes.
Junho e julho marcam o regresso de Giselle, de Georges Garcia, peça estreada pela CNB em 1987 no Teatro Nacional de São Carlos.
Tempestades, com música de Joseph Haydn, é outra das propostas em estreia. Encomendada por Rui Lopes Graça, a peça tem conceção musical de Pedro Carneiro.
Novembro é mês para outra estreia, a saber, Lídia, com coreografia de Paulo Ribeiro e música original de Luís Tinoco.
Dezembro, e sempre a pensar no Natal, a Companhia Nacional de Bailado apresenta o clássico Quebra-Nozes, bailado coreografado por Fernando Duarte e com encenação e dramaturgia de André Teodósio.
Texto de Alexandra Gil Foto de arquivo C&H de Sara Santos