Na Sala do Refeitório do Mosteiro dos Jerónimos encontra-se patente a Culturália – Mostra de Produtos Portugueses, onde é possível encontrar o melhor de Portugal, desde o artesanato, passando pelos produtos típicos alimentares. Loiça, malas e carteiras de cortiça, vinhos, peças de joalharia, mobiliário, entre muitas outras coisas, tudo está exposto para ser apreciado e comprado.
A Culturália é uma iniciativa do Ministério da Cultura, organizada em colaboração com a AIP, que se “pretende afirmar como mostra de produtos portugueses, na forma de uma exposição/loja de produtos nacionais, representativos da criatividade” dos artistas nacionais, segundo nota do ministério.
Tendo feito parte da programação cultural da Cimeira da NATO, a Culturália foi inaugurada pela ministra da Cultura, Gabriela Canavilhas, que foi a anfitriã da comitiva de acompanhantes dos Chefes de Estado e de Governo presentes na Cimeira.
Entretanto, esta terça-feira, a titular da pasta da Cultura voltou a visitar a exposição acompanhada pelo presidente da Associação Industrial Portuguesa, Jorge Rocha de Matos, com o qual assinou um protocolo segundo o qual as duas entidades se comprometem a cooperar em iniciativas de promoção de produtos representativos da criatividade nacional.
“O presente protocolo tem como objecto o estabelecimento de uma cooperação para a organização conjunta (…) de iniciativas, nacionais e internacionais, de promoção e de divulgação de produtos portugueses representativos da criatividade de artistas nacionais, que reflictam a diversidade e a transversalidade da Cultura Portuguesa associadas à sua dimensão económica”, lê-se no documento.
Este protocolo, vigente até Dezembro de 2012, cria a marca “Culturália – Mostra de Produtos Portugueses”, propriedade das duas entidades, e que será utilizada nas iniciativas conjuntas relacionadas com a realização de feiras de apresentação de produtos e artistas nacionais, dentro e fora do país, segundo o texto assinado.
O texto obriga o Ministério da Cultura a colaborar com a AIP na promoção e divulgação da marca, e a Associação “a conceber e a desenvolver a definição da identidade do conceito privilegiando a realização de uma edição anual”.
Um outro protocolo, também assinado pelos responsáveis das duas entidades, compromete o Ministério da Cultura à concessão de um apoio financeiro à AIP que “visa possibilitar a presença e visita de curadores, especialistas, directores de museus, coleccionadores e galeristas internacionais à Arte Lisboa 2010 – Feira de Arte Contemporânea”, que começou dia 24, na antiga FIL, à Junqueira.
Este documento reconhece a Arte Lisboa como “uma feira de elevada qualidade com a presença das melhores galerias nacionais e internacionais, num país que vive um período de grande fertilidade artística, com o cruzamento de artistas consagrados com uma poderosa actual geração de artistas multidisciplinares e globalizados”.
Segundo este documento, “nas últimas edições, a Arte Lisboa – Feira de Arte Contemporânea explorou com sucesso o seu papel, tornando a Feira um ponto de encontro para organização de ciclos de debates que reuniu críticos de arte, directores de museus, curadores de exposições, artistas e galeristas internacionais, ou programas comissariados com curadores de renome internacional”.
Por Cristina Alves