O Tejo é o rio mais extenso da Península Ibérica. Nasce em Espanha – onde é conhecido como Tajo – a 1 593 m de altitude na Serra de Albarracín, e desagua no Oceano Atlântico, banhando Lisboa, após um percurso de cerca de 1 007 km. Da foz do Tejo partiram as naus e as caravelas dos descobrimentos portugueses. A onda que assolou Portugal no dia do terramoto de 1755 subiu o rio e inundou Lisboa e outras localidades na margem. Estes são os factos. Mas e que mais histórias tem o Rio Tejo para nos contar?
O jornalista Luis Ribeiro descobriu que o maior rio ibérico criou Lisboa, viu chegar os fenícios, e os romanos, foi fundamental para a conquista de Lisboa por D. Afonso Henriques, viu sair caravelas e naus que nos levaram a conhecer novos mundos, nas suas águas travaram-se batalhas navais, assistiu à queda da monarquia e à revolução dos Cravos. O rio Tejo tem mil quilómetros de histórias para contar.
Luís Ribeiro nasceu em Lisboa em 1976. Vinte e três anos mais tarde, em 1999, integrou os quadros da revista Visão. Teve o seu batismo de fogo quatro meses depois, ao ser enviado para São Jorge, nos Açores, para cobrir o acidente do voo ATP SP530M, que matou 35 pessoas. Daí para cá, já fez reportagens na Gronelândia e em Svalbard, onde assistiu, em direto, às consequências do aquecimento global no Ártico; viajou para o Paquistão, de onde escreveu a história do atentado que matou Benazir Bhutto; passou pelo deserto do Saara e pelas bases militares da NATO em Sarajevo e no Kosovo; cobriu as trágicas enxurradas de 2007 em Moçambique e de 2010 na Madeira. Entretanto, em 2004, venceu o prémio nacional de imprensa «Jornalismo pela Tolerância», atribuído pelo Alto Comissariado para a Imigração e Minorias Étnicas, com a reportagem «De Portugal, com amor», feito na Ucrânia durante a Revolução Laranja. É casado e tem um filho.
Histórias do Tejo, de Luís Ribeiro, Esfera dos Livros, Coleção Divugativa, com 304 páginas + 16 Extratextos, à venda por 19 euros.
Texto de Sandra Dias