O Fado nos Teatros de Lisboa: de Actriz a Fadista, de Cantadeira a Actriz é o nome da exposição que está patente ao público na Sala de Âmbito Cultural, do El Corte Inglés de Lisboa, até dia 7 de setembro.
Trajos, figurinos, adereços, caricaturas,desenhos, cartazes e até maquetas de cenários originais, tudo ligado à presença do fado no teatro e nos teatros, ao longo do século XX, são algumas das peças que o visitante vai ter oportunidade de ver e ficar a conhecer através de um breve percurso.
O fado saído do ambiente restrito dos prostíbulos e das tabernas ou dos salões da aristocracia e da alta burguesia mais boémia, na segunda metade do século XIX, “integra-se” no Teatro e traz-lhe a consagração popular e a projecção que chega aos dias de hoje. É com Severa que se transformou numa figura mítica e transversal a todas artes, como a pintura, o cinema, a fotografia, a música, a dança e, sobretudo, o teatro, convertendo-se na personificação do próprio fado. Maria Severa Onofriana, que nasceu, em 1826, na Mouraria e morreu aos 26 anos na Rua do Capelão que despoletou paixões e inspirou escritores como Júlio Dantas, cuja peça A Severa (1901) foi levada à cena e que posteriormente deu origem ao primeiro filme sonoro realizado por Leitão de Barros em 1931.
Complementam a mostra, uma projecção de fotografias de atrizes e atores que, em algum momento da sua carreira, foram fadistas, ou cantadeiras e fadistas que entraram no mundo do teatro.
A mostra tem entrada gratuita e resulta de uma colaboração com o Museu Nacional do Teatro.
Texto C&H