O Teatro Nacional São João (TNSJ), no Porto, entra em 2020, com duas estreias, no ano em que se celebra o seu centenário. Um Plano de Labirinto e Western Society são as propostas de janeiro, estando agendados, até março, mais cinco espetáculos.
O texto de Francisco Luís Parreira, Um Plano no Labirinto, com encenação de João Garcia Miguel estará em cena de 9 a 19 de janeiro no Teatro Carlos Alberto (TeCA).
O espetáculo faz ‘eco’ da diáspora portuguesa no século XX, no Oriente e em África, interrogando-se/nos sobre a verdade e a mentira de muitas histórias recolhidas da “nossa” guerra no Ultramar. Uma delas, exemplar na sua “indiferença à verdade”, conta um imaterial confronto entre soldados de uma patrulha e uma manada de antílopes na savana inexplorada.
A peça pode ser vista na quarta-feira e sábado, às 19h00; na quinta e sexta-feira, às 21h00; e no domingo, às 16h00. O preço dos bilhetes é 10 euros.
A produção dos ingleses Gob Squad, Western Society, que se apresenta pela primeira vez em Portugal, «é uma odisseia de trazer por casa, onde a civilização do século XXI cabe por inteiro no interior de uma sala de estar.» . O espetáculo sobe ao palco do TNSJ nos dias 17 de janeiro, às 21h00 e 18 de janeiro, às 19h00.
Em palco, reconstitui-se a gravação de um vídeo caseiro de uma reunião familiar, num dispositivo que convoca a participação ativa dos espectadores para refletirem sobre a solidão, o consumismo, a intimidade ou a obscenidade dos reality shows. O espetáculo é uma produção dos Gob Squad, coletivo de artistas fundado nos anos 1990 em Inglaterra, mas que opera presentemente a partir da Alemanha, “habitando” um território em que a banalidade coexiste com a utopia.
O preço dos bilhetes varia entre os 7,50 e os 16 euros.
Para ver de 30 de janeiro a 2 de fevereiro, no TecA, o espetáculo Margem, com direção de Victor Hugo Pontes, integrado numa programação que se tem focado em quatro eixos principais: Revolução, Margens, Géneros e Viagem. Um espetáculo que mescla dança e teatro documental, num trabalho assumidamente “muito político”
Um elenco de jovens dos 14 aos 20 anos (mais um bailarino e um ator profissional) encena a violência de histórias de vidas de crianças institucionalizadas na Casa Pia e no Instituto Profissional do Terço.
U, um texto original e encenação de Joana Magalhães, a partir de Ulisses, de Maria Alberta Menéres, sobe ao palco do TeCA, de 6 a 9 de fevereiro.
A Dama das Camélias, uma criação de Miguel Loureiro sobre a obra de Alexandre Dumas, filho estará em cena no TNSJ, de 6 a 9 de fevereiro.
Nos dias 14 e 15 de fevereiro o TeCA acolhe os italianos Enrico Casagrande e Daniela Nicolò, com a performance MDLSX, um espetáculo que junta os universos de Jeffrey Eugenides, Virginia Woolf ou Pier Paolo Pasolini.
Também no TeCA, entre 20 e 23 de fevereiro, sobe ao palco o espetáculo O Dia do Juízo, uma encenação de Cristina Carvalhal, a partir de Ödön von Horváth.