Está patente ao público no Museu de Cerâmica de Sacavém a exposição Vivências Quotidianas do Convento de Cristo após a extinção da Ordem através da Cultura Material e Documental, numa parceria entre a Câmara Municipal de Loures e a Direção Geral do Património Cultural.
No âmbito de trabalhos de intervenção arqueológica realizados em 2015 numa estrutura arquitetónica (Nitreira) do Convento de Cristo em Tomar, foram recolhidos vários fragmentos em cerâmica, vidro, metal e osso, que se materializam em objetos com um determinado processo de fabrico e uma função doméstica, decorativa, de higiene e sanitária e de saúde.
Os fragmentos identificados como provenientes da Fábrica de Loiça de Sacavém, e integrados no conjunto do acervo arqueológico recolhido, permitem documentar as vivências quotidianas da família Costa Cabral que habitou parte do edifício durante cerca de 100 anos e do Seminário das Missões Ultramarinas que também ocupou o Convento cerca de 70 anos, isto após a extinção das Ordens Religiosas em 1834 e num período cronológico que vai aproximadamente de 1863 a 1968.
O regresso destes fragmentos à Fábrica de Loiça de Sacavém, agora no espaço do Museu de Cerâmica de Sacavém, propõe, através desta exposição, a percepção das suas formas originais, o completar dos seus desenhos decorativos e a revelação das suas funcionalidades.
“Na organização da exposição procurou-se colocar em diálogo o fragmento arqueológico, testemunho de vivências quotidianas, e o objeto industrial, que surge ligado ao advento das indústrias cerâmicas nacionais”.
A exposição fica patente até 31 de outubro de 2019, e pode ser vista de terça-feira a domingo, entre as 10h00 e as 13h00 e as 14h00 e 18h00. O preço da entrada normal é de 1,50 euros e ao domingo é gratuito.