Antes do Hino Nacional, com que encerrou o concerto da noite de 25 de outubro no Coliseu dos Recreios, Fafá de Belém dirigiu-se à plateia com os acordes do aguardado “meu coração é vermelho:
(…)Esse show de hoje é uma viagem pela minha terra, pela nossa terra. Somos amazónicos , não somos exóticos. Descendemos de índios, de portugueses, de caboclos e a todos recebemos bem. Amazónia está ardendo, está sendo tomada. Muita gente fala em nome da Amazonia mas não olha seus filhos. (…) Reconheço em cada passo de Portugal, em cada metro quadrado, em cada casa, o povo da nossa terra. Belém é a cidade mais portuguesa do Brasil.
Com mestre Manoel Cordeiro e Felipe Cordeiro nas guitarradas do Pará, Fafá apresentou canções do seu mais recente trabalho, alternadas com sucessos da MPB: “Volta”; “Asfalto Amarelo”; “Bilhete” (boa sorte e adeus); “Pedra sem valor” (não tem brilho, não tem cor); “Cavalgada” (vou cavalgar por toda a noite…); “Quem não te quer sou eu” e “Usei você” antes da primeira saída de palco para troca de indumentária preenchida pelo instrumental “Palácio dos Bares”.
De vestido encarnado, regressa para “Sedução”; “Meu Coração é Brega” (pra chuchu); “Ao Por do Sol”, “Sereia”; “Abandonada” (em que o refrão foi cantado pela plateia que se levantou para aplausos); “Sob medida” e três bailes de ritmos diferentes: “Vem que é bom (dançar)”; “Os passa vida” e “Foi assim”.
Novo momento instrumental (com “Conexão am Caribe”) permite nova troca de roupa para uma retrospetiva da vida em fotografias projetadas no palco ao som do “Gosto da vida” (Eu sou Fafá /de Belém do Pará) e o princípio do fim do concerto que conta “42 anos de uma caminhada que não é linear mas sempre muito sincera” – nas palavras da própria no início. Em Portugal conta 32.
Tempo ainda para “Filhos da Bahia” e o esperado “Vermelho”.
A cor do meu batuque
Tem o toque, tem o som da minha voz
Vermelho, vermelhaço
Vermelhusco, vermelhante
Vermelhão………………………..