É já amanhã, dia 30 de maio, que começa mais uma edição das Festas de Lisboa. Este ano, o evento tem como mote o humanismo, partindo da Peregrinação, de Fernão Mendes Pinto, cuja publicação celebra quatro séculos. E é precisamente um espetáculo baseado nesta obra que animará o Rossio, a partir das 22h30 de sexta-feira. O Último Sonho do Grande Aventureiro Fernão Mendes Pinto mistura som, luz e balões, sendo protagonizado pelos franceses Plasticiens Volants. À trupe de teatro de rua juntam-se os Bambaram, o coro Molihua e Gisela João.
Durante a apresentação do evento, que decorreu no novo espaço da TimeOut no Mercado da Ribeira, foi destacado o imenso programa, que prima uma vez mais pela variedade e pela qualidade. As Marchas e os arraiais continuam a ocupar um lugar de destaque da vertente popular das Festas, que este ano estreiam uma rubrica dedicada a Santo António, padroeiro de Lisboa.
Na lista de novidades encontramos ainda Fados e Tudo, iniciativa da autoria de Aldina Duarte, que relaciona o fado com outras artes e linguagens; o Dia da Literatura Europeia, que consiste de uma série de leituras na zona do Príncipe Real e a Regata Sails of Lisbon, que celebra o Tejo. Já a 7 de junho, o fado e o castellers de sants, tradição catalã que se traduz pela construção de pirâmides humanas, juntam-se na fachada do Panteão Nacional, marcando o encontro entre duas artes que fazem parte do Património Imaterial da UNESCO.
A sardinha assada não vai faltar tanto nos arraiais, como na forma de símbolo das Festas. A EGEAC transformou-a mesmo numa marca, estando previstos para breve produtos de merchandising em parceria com a Artware e a Bordalo Pinheiro. De salientar ainda o concurso de design das sardinhas, que este ano contou com mais de 8 mil candidatos, oriundas de 53 países.
As Festas despedem-se em grande, a 3 de julho, com um concerto de Fausto Bordalo Dias, junto à Torre de Belém.
Texto de Alexandra Gil