Com a Fonte dos Amores em pano de fundo e com vista para a Torre da Universidade, cantou-se no dia 28 de julho, no Anfiteatro da Colina de Camões (Quinta das Lágrimas), em Coimbra, o Fado: de Lisboa e de Coimbra.
Ricardo Ribeiro estreou-se na cidade do Mondego e logo cativou o público, a quem dava a conhecer a origem de melodias e letras do CD Largo da Memória. O público agradeceu, não se fazendo rogado ao convite para entoar “Nem às paredes confesso” – a que o fadista por sua vez recorreu para provocar gargalhadas abundantes, ao imitar com voz e gestos outros fadistas da sua admiração.
Em temas de voz ou de guitarradas, ouviu-se depois em quarteto a Canção de Coimbra por Luís Alcoforado e os seus excelentes músicos. No repertório, que aliava tradição e autoria recente, coube homenagem a José Afonso (“Endechas a Bárbara escrava”) e Luiz Goes, entre outros vultos incontornáveis do Fado de Coimbra.
Por fim, a anunciada surpresa: lado a lado, tocaram e cantaram todos os músicos. Ao abandonarem o palco, após uma noite memorável, usava Luís Alcoforado o lenço de Ricardo Ribeiro e este envergava já, cedida pelo conimbricence, a capa de estudante.
Um abraço entre os dois estilos de uma mesma canção.