A 21.ª edição do Festival Internacional da Banda Desenhada da Amadora abriu as portas no passado dia 22 e vai decorrer até 7 de Novembro, em vários pontos da cidade, sendo o núcleo principal no Fórum Luís de Camões, na Brandoa, numa edição que se associa ao Centenário da República.
Entre os vários autores nacionais, o destaque vai para Richard Câmara, que vai apresentar uma versão renovada das personagens Quim e Manecas, criadas quase há cem anos por Stuart de Carvalhais.
O Amadora BD apresenta sobretudo, exposições de originais de BD e acolhe vários autores portugueses e estrangeiros para lançamentos de álbuns e sessões de autógrafos (uma das iniciativas mais concorridas do evento, a par do anúncio dos vencedores dos prémios nacionais de BD, marcado para dia 30).
O certame este ano acolhe mostras de ilustração, na Casa Roque Gameiro, de Luís Diferr, na Galeria Municipal Artur Bual, de cartoon, nos Recreios da Amadora, e uma retrospectiva comemorativa dos dez anos do Centro Nacional de BD e Imagem.
As obras do ilustrador e escritor Sean Gordon Murphy e A Nona Arte em Língua Portuguesa, que explora a banda desenhada que se faz em Portugal, são outras das exposições que compõem este evento.
Estão ainda programados encontros com autores e ilustradores e uma exposição de Korky Paul, um dos convidados do festival, autor da colecção de livros infantis A Bruxa Mimi, editados em Portugal pela Gradiva .
Em ano de celebrações de Centenário da República, a 21.ª edição da Amadora BD associa-se também às comemorações , com uma exposição que aborda a importância da caricatura no começo do século e durante a 1ª República, a realização de um colóquio sobre este mesmo tema, o lançamento do álbum de BD sobre a 1ª República, intitulado É de noite que faço as perguntas, com texto de David Soares e ilustrações de vários autores, e uma exposição com os desenhos originais.
Texto de Cristina Alves