Uma mensagem secreta da Al-Qaeda faz soar as campainhas de alarme em Washington. Seduzido por uma bela operacional da CIA – Rebecca Scott, Tomás Noronha é confrontado em Veneza com a estranha cifra.
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Ahmed é um menino egípcio a quem o mullah Saad ensina na mesquita o carácter pacífico e indulgente do Islão. Mas nas aulas da madrassa aparece um novo professor com um Islão diferente, agressivo e intolerante. O mullah e o novo professor digladiam-se por Ahmed e o menino irá fazer uma escolha que nos transporta ao maior pesadelo do nosso tempo.
E se a Al-Qaeda tem a bomba atómica?
Este é o ponto de partida para mais uma aventura do professor e criptanalista Tomás Noronha, personagem ficcional da autoria do escritor e jornalista José Rodrigues dos Santos, que foi lançado no passado sábado, dia 24 de Outubro, na Praça Central do Centro Comercial Colombo, em Lisboa.
O lançamento que provocou grande curiosidade entre os fãs do escritor e os clientes do centro comercial, revelou-se um acontecimento muito concorrido, ao qual não faltaram uns militares muito especiais.
A convite do autor e da editora Gradiva, o lançamento começou com uma encenação do prólogo, pelo grupo de teatro de Tomar, Fatias de Cá, que surpreendeu e chegou a provocar alguns sustos entre aqueles que assistiam ao lançamento.
Seguiu-se depois a tradicional apresentação da obra, que esteve a cargo de Paulo Almeida Santos ou Abdullah Yusuf , ex-operacional da Al-Qaeda, referenciado pelo autor no livro, e pelo General Leonel Carvalho, ex-chefe do Gabinete de Segurança Interna do Governo Português, que entre outras caraterísticas do livro disse que, “Esta é uma obra que atrai e que além de ser uma obra de entretenimento, ensina também”.
Uma característica que José Rodrigues dos Santos (JRS) evidenciou durante a sua intervenção, durante a qual explicou o tema do livro e alguns dos factos que lhe serviram de base.
O livro fala do Islão, mas de uma outra corrente que os ocidentais não estão habituados a ouvir falar, e que tem por base a primeira parte do Al Corão e os ensinamentos do Profeta Maomé, que servem de lei e inspiração aos fundamentalistas islâmicos, como por exemplo a Al Qaeda, explicou JRS, “Este romance é sobre os segundos versículos do Al Corão, os versículos de Medina, que incitam à guerra”.
Sobre este romance ficcional, mas com base em factos reais, o autor afirmou que, “Eu tentei explicar as diferentes versões do Al Corão e também, tornar mais claro aquilo que nos espera pela frente”.
Uma clara alusão à re-conquista do Al-Andalus (o antigo território árabe da Península Ibérica), que de acordo com a descrição do autor é um dos objectivos dos fundamentalistas.
O livro tem 583 páginas, e passa por sítios como a Lagoa das Setes Cidades (onde a narrativa começa) e as Furnas nos Açores, Lisboa, Veneza, Egipto, Rússia, ou Nova Iorque, numa frenética viagem pelo mundo da história, da fé, da política e do terrorismo, numa narrativa clara, informativa e apelativa, como o autor já tão bem nos habituou.
Mais um lançamento Gradiva, que prepara já a segunda edição da obra, com 50 000 exemplares, depois da 1ª edição, também de 50 000 exemplares ter esgotado em 48 horas, segundo fonte da editora.
Por Elsa Furtado