Reportagem de Antónia Barroso (texto e fotos)
O Campo Pequeno encheu-se ontem à noite para receber os Gipsy Kings e ansiava por ouvir êxitos que fazem mexer o pé como o “Volare”, “Bamboleo” ou “Maria Dolores”.
Depois de uma primeira parte, que durou pouco mais do que 45 minutos, que esteve a cargo dos Ciganos de Ouro, a audiência estava mais do que preparada para os ritmos dos “reis ciganos”. Os primeiros minutos indiciavam que os portugueses iam ouvir os grandes êxitos dos Gipsy Kings, já que logo entraram nos ritmos de “Djobi Djoba”.
Depois deste cheirinho a canções conhecidas, o espectáculo entrou no universo do menos conhecido e o público arrefeceu embora respondesse com palmas sempre que o ritmo acelerava um bocadinho.
Um dos momentos menos conseguidos foi quando os Gipsy Kings tocaram durante cerca de meia-hora canções lentas e instrumentais que permitiam inclusive que alguns dos músicos se ausentasse do palco. Dos nove elementos que estavam em palco, chegaram a estar três ausentes na mesma canção.
Nessa ocasião já o público soltava uns assobios tímidos, desesperados por ouvir os êxitos pelos quais compraram o bilhete.
No final da cada canção ouviam-se na plateia comentários do género “é agora!”, como que a pedir canções mais conhecidas e muitos optavam por fazer fotografias deles e dos amigos com quem estavam em vez de ouvirem a música.
Foi preciso chegar praticamente ao final do concerto para ouvir os desejados “Volare” e “Bamboleo” e mesmo assim uma delas foi só no regresso ao palco, num encore.
Hoje à noite a banda atua novamente no Campo Pequeno e promete repetir a festa.