Há um Novo Eléctrico na Zona Velha de Lisboa

Reportagem de Mariana Machado

eletrico1[dropcap]D[/dropcap]a Baixa a Alfama, da Bica à Graça, agora os eléctricos que passam são das cores da bandeira de Portugal.

Se dantes eram só os Amarelos da Carris (como assim se designava a cor), depois chegaram os vermelhos paixão,  e agora os verdes, cor de esperança, estilo vintage.

Estes eléctricos fazem o percurso do Castelo, tal como o nome indica: Castle Line, uma aposta da Yellow Bus, da Carristur (secção da Carris direccionada para o Turismo), que visa dar a conhecer os bairros típicos de Lisboa à boleia de um eléctrico verde, contando os pequenos detalhes de cada rua através do audio-guia, que fala em três idiomas diferentes: o nosso português, inglês e francês.

Este é um eléctrico aparentemente igual a tantos outros, que há uns anos circulavam pelas ruas antigas e estreitas de certas partes da Capital. Antigo, a cheirar a velho, com os bancos giratórios (que se viram na direcção do sentido da marcha no fim de cada viagem). Mas acima de tudo, é um elétrico que convida à descoberta ou a um passeio pela memória da Cidade.

O circuito começa na Praça da Figueira, em pleno largo e funciona diariamente, entre as 10h00 e as 17h40, e passa a cada 40 minutos na paragem junto à Rua dos Fanqueiros. A primeira paragem é a bonita catedral da Sé de Lisboa, às portas de Alfama. Segue pelo Miradouro de Santa Luzia, vai até às Portas do Sol e volta a parar lá no alto, próximo do Castelo de São Jorge, sempre acompanhado de uma explicação da história de cada lugar. Mas nem o Mosteiro de São Vicente fica de Fora, por aqui o eléctrico também passa, para mostrar as ruas estreitinhas e cheias de Graça, ou dar um saltinho à Feira da Ladra (se for terça-feira ou sábado) e passa ainda por alguns dos mais belos e bem guardados segredos da cidade. No verão, as janelas que se baixa, permitem sentir os cheiros das ruas, “Da fruta madura”, dos manjericos e da sardinha assada e no outono da castanha assada,tal qual como antigamente, num convite à descoberta sensorial da cidade.

Este é um percurso, que mesmo para aqueles que lá passam todos os dias, vale a pena fazer “à boleia” do eléctrico, nem que seja para apanhar boleia nas subidas íngremes.

O bilhete de adulto custa 9 euros e o de criança 4,5o euros funcionando com o sistema hop-on hop-off, para ser possível entrar e sair do eléctrico em qualquer paragem do circuito.

Artigo anteriorChillBar Rota das Sedas um Must da Capital
Próximo artigoFestival Materiais Diversos regressa em Setembro 

Leave a Reply