Reportagem de Cristiana Faria Moreira
Fotos de Cristiana Faria Moreira e da Organização
Lotação esgotada para ver Lenny Kravitz que deu um concerto memorável no segundo dia do Marés Vivas. Com um ritmo alucinante, os Buraka Som Sistema fecharam este dia, marcado também pela atuação intimista de Miguel Araújo. Kika abriu o palco principal. O final da tarde contou com as atuações de Koa e do rapper Jimmy P. Um segundo dia que superou o primeiro e que satisfez os milhares de festivaleiros com estilos para todos os gostos.
O céu prometia uns pingos de chuva mas nem isso foi capaz de afastar os festivaleiros que rumaram até Gaia para o segundo dia de Marés Vivas.
Às duas da manhã, os Buraka Som Sistema subiram ao palco e prometeram que ninguém ia dormir em Gaia. E é mesmo impossível alguém ter adormecido com as batidas fortes e com os ritmos africanos de uma atuação que começou logo a abrir com “Stoopid”. Na primeira música o público já estava rendido e alinhou freneticamente com a banda. A banda da Amadora tocou os temas mais conhecidos como “Kalemba (Wegue Wegue)” e “(We Stay) Up All Night”.
Se os Buraka Som Sistema tinham já o público em êxtase, isso deveu-se à imponente atuação de Lenny Kravitz, que pôs a multidão ao rubro. O norteamericano soube cativar os 30 mil festivaleiros do primeiro ao último segundo. “American Woman”, “Fly Away”, “I Belong to you” e “Believe” foram entoadas por um coro hipnotizado pela presença forte do cantor que interagiu muito com o público. “Tive a felicidade de estar dois dias a descobrir o Porto. Comer e beber com a população local. Quero mudar-me para cá. Só preciso de um apartamento pequeno e uma bela mulher portuguesa”, confessou. Kravitz fez-se acompanhar de uma banda competente, que passou uma química indescritível entre todos os elementos e que acompanha na perfeição toda a energia de Lenny.
Miguel Araújo trouxe a sala lá de casa e os amigos para o palco do Marés. Num concerto intimista, o cantor portuense encantou com temas como “Balada Astral”, “Recantiga”, “Dona Laura” e “Pica do Sete”. Miguel Araújo é um contador de histórias que ajudou Ricardo a pedir Joana em casamento em pleno concerto. Um tema dos Abba e outro de Bob Dylan fizeram também parte de uma playlist que terminou com “Os maridos das outras”, num final cantado a plenos pulmões pelos presentes. Miguel Araújo estava em casa e fez com que os festivaleiros entrassem na sua sala para desfrutar de um dos melhores concertos do festival.
A jovem Kika abriu o palco Meo no segundo dia do festival. A adolescente começou timidamente mas foi ganhando confiança ao longo do concerto. Com os temas mais conhecidos “Guess It’s Alright” e “Can’t Feel Love Tonight” a passar nas rádios, Kika mostrou o seu talento ainda que claramente lhe falte alguma experiência para gerir um palco desta dimensão. A jovem apresentou ainda uma versão de Stay de Rihanna.
A jovem cantora portuguesa Koa abriu o Palco Jogos Santa Casa e trouxe uma sonoridade pop rock electrónica e surpreendeu com uma apresentação ousada. A cantora acabou de lançar o seu primeiro trabalho discográfico “Koa”.
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Jimmy P trouxe uma enchente até ao palco secundário. Com uma audiência jovem e com as rimas do rapper na ponta da língua, o final da tarde foi animado com o cantor de Gaia a interagir muito com a multidão que crescia no decorrer do concerto.
O Festival Marés Vivas chega ao fim este sábado, dia 18, com o trio irlandês The Script e com o britânico Jamie Cullum. As atuações no palco Meo têm ainda representação nacional com a madrinha do Marés Vivas, Ana Moura, e The Black Mamba. A “boys band” Like Us e o hip-hop de Deau encerram o Palco Jogos Santa Casa.
Reportagem de Cristiana Faria Moreira
Fotos de Cristiana Faria Moreira e da Organização