A última noite ficou marcada pelo regresso da cantora e compositora Lianne La Havas a Portugal, seis anos depois da sua última passagem por território nacional. Ao longo da última década, a jovem inglesa, com raízes gregas e jamaicanas, tornou-se numa das figuras incontornáveis da música britânica e a sua atuação no Lisboa ao Vivo provou porque é considerada uma das herdeiras dos grandes nomes que fizeram a história do Jazz-Funk e da Soul Music.
Antes, porém, seria Monday, alter ego de Catarina Falcão, a subir ao palco. Eram 21h.
Sozinha com a sua guitarra e avisando não ser a Lianne, Monday agradeceu a todos os presentes, antes de encher a sala lisboeta com as suas paisagens musicais.
Underwater, feels like eternity, editado em maio, é o mais recente registo da artista portuguesa e foi precisamente por aqui que começámos: ‘On and On’ e ‘One Foot in Line’, sendo que, mais tarde, ainda ouviríamos ‘Wasteland’. Com pouco tempo para tocar, o EP ‘Room for All’, de 2020, também mereceu destaque, através de ‘Out-In’, ‘Convictions’ e ‘Little Fish’, o tema que fechou a atuação de Monday, sendo que, pelo meio, escutámos ‘I Can’t’.
Uma performance intimista, no ocaso de segunda-feira, que não deixou ninguém indiferente e que conseguiu conquistar a audiência, através da beleza e complexa simplicidade do seu repertório.
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Na altura em que os relógios beijavam as 21h50, entraram em cena Lianne La Havas e a sua banda.
‘True’ foi a primeira canção que se fez ouvir, perante um público que não conseguia esconder a ânsia por este reencontro. “I missed you, Lisboa! It’s so nice to meet you again!” foram as palavras que se ouviram, no final deste capítulo inicial. E a forma como fomos abraçados, de seguida, fez-nos sentir que a saudade era genuína.
‘Green & Gold’ trouxe à tona o álbum Blood, de 2015, e, na sequência, nova demonstração de carinho para com a cidade de Lisboa: “Must have flown a hundred thousand miles to get back to Lisbon”, cantou, enquanto tocava ‘Sour Flower’, um dos temas do seu registo homónimo, lançado em 2020.
Seguir-se-ia ‘Read my Mind’ e a apresentação dos elementos que ofereciam soul à sua voz: Sam Crowe, nas teclas, Yves Fernandez, no baixo, e Dan See, na bateria, sendo que a própria Lianne La Havas se ocupava da guitarra. Depois, ‘Never get Enough’. Também nós não nos cansamos de ouvi-la…
“Obrigada!”, diz-nos. “É tão bom rever-vos…”. Tímida na relação com a audiência, parece transformar-se num vulcão em erupção, sempre que as notas começam a ecoar pela sala, servindo de catalisador para o bailado das suas cordas vocais.
Continuamos com ‘Say a Little Prayer’, clássico escrito por Burt Bacharach e Hal David para a norte-americana Dionne Warwick, em 1967, que justifica uma enorme ovação, e desaguamos em ‘Paper Thin’. Mais uma música nova, depois da viagem ao passado. “Don’t forget about me”, escuta-se. Não esqueceremos.
Regressamos a Blood, para ouvir ‘Unstoppable’, uma das canções mais aplaudidas da noite, e somos questionados acerca da vontade de ouvir uma música nova. Por esta altura, imersos naquela atmosfera de soul e jazz, sentimo-nos preparados para tudo.
Ainda estamos longe da meia-noite, mas ‘Midnight’ oferece-nos um dos momentos mais bonitos do concerto, quando Lianne e o seu público se unem, como se de uma só entidade se tratasse, para cantar, a capella, as palavras que enfeitam o refrão. “I don’t mind. I’ll be fine.”…
Na reta final, dançamos ao som de ‘Seven Times’ e não é preciso muito para que aconteça o encore, perante uma plateia rendida e que clama pelo retorno de Lianne…
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‘Bittersweet’ trouxe um final apoteótico e, ironicamente, uma sensação agridoce: a alma cheia e a vontade de mais. Esperamos não ter que esperar tanto tempo, para voltar a abraçar a Alma e a Voz de Lianne La Havas.
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