A Bienal Cultural Monsaraz Museu Aberto está de regresso à vila alentejana a partir de hoje e até 29 de julho, e “pretende abordar o que de melhor se faz na cultura e nas artes do espetáculo”, com entrada gratuita em todos os espetáculos.
A abertura da 23ª edição da Bienal decorre hoje, pelas 19h00, no Largo D. Nuno Álvares Pereira, e o programa inclui inauguração de exposições, animação de rua pelo grupo SevenDixie e músicas de Jazz ao estilo da Dixieland; concerto de Marta Pereira da Costa, às 22h00, com as presenças de Rui Veloso e Ricardo Mendes, acompanhada por viola, contrabaixo, piano, acordeão e percussão.
No sábado, pelas 16h30, o Observatório do Lago Alqueva promove a iniciativa Astrónomos de Palmo e Meio, que visa a construção de espectroscópios portáteis. Segue-se às 17h00, na Igreja de Santiago a conferência “Com Monsaraz no Horizonte: O Recinto Cerimonial Pré-Histórico dos Perdigões”, por António Valera, do Núcleo de Investigação Arqueológica da ERA Arqueologia.
Pelas 19h00, no jardim da Casa da Universidade de Évora decorre a apresentação dos vinhos Doc tinto e branco e do tinto reserva Reguengos de Monsaraz – Capital dos Vinhos de Portugal, produzidos pela CARMIM, num evento que terá a atuação do grupo Al-Canti. A partir das 22h00, no Largo D. Nuno Álvares Pereira, sobe ao palco o grupo Monda com os convidados João Gil e Joana Amendoeira.
No domingo, dia 15 de julho, pelas 18h30, no jardim da Casa da Universidade realiza-se um concerto com Edu Miranda Trio e Filipa Pais; segue-se às 19h45, no mesmo local o espetáculo com a formação cubana Havana Way, criada pelo pianista Victor Zamora, e que se apresenta em palco com a voz de Raúl Reyes, piano de Victor Zamora e baixo e percussão de Leo Espinoza. No espetáculo vão ouvir-se os ritmos de Cuba, como o Merengue e a Salsa, num tributo à música tradicional dos anos 30, 40 e 50 desta ilha das Caraíbas, de artistas como Compay Segundo, Ñico Saquito, Los Compadres, Buena Vista Social Club, entre outros.
No dia 20 de julho, às 19h00, atua o AR Quarteto no jardim da Casa da Universidade de Évora. O grupo é formado por Daniela Melo (voz), André Rosário (guitarra), Diogo Aléxis (contrabaixo) e Samuel Dias (bateria) e apresentam um repertório com clássicos de Jazz e Bossa Nova, com espaço para o diálogo e a improvisação.
A partir das 22h00, no Largo D. Nuno Álvares Pereira, Teresa Salgueiro apresenta O Horizonte e a Memória, e homenageia ainda Amália Rodrigues, José Afonso e Carlos Paredes, entre outros.
No dia 21 de julho, pelas 9h00, decorre o Dia Aberto do Complexo Arqueológico dos Perdigões, que inclui uma visita às escavações, ao Museu dos Perdigões, uma palestra na Torre do Esporão intitulada “Rumando a um local sagrado: locais e estrangeiros nos Perdigões” e um almoço neolítico acompanhado de seleção de vinhos da Herdade do Esporão.
Às 16h00 realiza-se um espetáculo de marionetas com os Robertos Santa Bárbara, pelo marionetista Vitor Costa, que vai apresentar as peças O Barbeiro e A Tourada.
Pelas 16h30 decorre no Observatório do Lago Alqueva a iniciativa Astrónomos de Palmo e Meio com o tema “Peso e massa, afinal o que são?”. Às 19h00, no jardim da Casa da Universidade, a Orquestra de Câmara do Alentejo dirigida por João Defeza, vai interpretar A História do Soldado, com música de Igor Stravinsky.
Às 22h00, no Largo D. Nuno Álvares Pereira, haverá Tango e Folclore Argentino com a orquestra Arcos de Buenos Aires Tango Show, sob a batuta de Walter Carranza, violinista e diretor da orquestra.
No domingo, pelas 21h00, junto ao monumento ao Cante, realiza-se a Gala das 7 Maravilhas à Mesa, que será transmitida em direto na RTP. Nesta gala vai estar a mesa promovida pelo Município de Reguengos de Monsaraz, com a gastronomia, o vinho e um roteiro turístico propostos pelo Restaurante Sabores de Monsaraz.
No dia 24 de julho, a partir das 9h00, realiza-se o Dia Aberto para as crianças no complexo arqueológico dos Perdigões. O programa terá a visita às escavações arqueológicas, ao Museu dos Perdigões e a iniciativa “Uma viagem pela Pré-história – vem ver e experimentar como se vivia na Pré-história”. No dia seguinte, à mesma hora, decorrerá o Dia Aberto para jovens, integrando igualmente a visita ao complexo arqueológico e ao museu, mas também a iniciativa “Grava a tua placa de xisto – Experimenta técnicas pré-históricas com as tuas próprias mãos”.
Sexta feira, 27, a programação começa na sexta-feira, às 18h30, no Observatório do Lago Alqueva, com a iniciativa Astrónomos de Palmo e Meio, que vai abordar o tema “Eclipse Total Lunar e Oposição de Marte”. A partir das 22h00 decorre o espetáculo Alentejo Coral Jovem, no Largo D. Nuno Álvares Pereira, no qual atuam o Grupo Coral Carpe Diem e o Grupo Coral Moços da Aldêa, ambos de Cabeça Gorda, o Grupo Coral Os Bel’Aurora de Campinho, o Grupo Coral Juvenil da Aldeia dos Fernandes e o Grupo Coral Os Rama Verde, de Vila Nova da Baronia. O espetáculo terá como padrinho o grupo Os Vocalistas, que também vai cantar nesta noite.
No dia 28 de julho, às 16h30, o Observatório do Lago Alqueva organiza mais uma iniciativa Astrónomos de Palmo e Meio, desta vez sobre “Tiro ao alvo: Entender a formação de crateras na Lua”. Pelas 19h00 desfilam pela vila medieval os grupos corais que vão cantar a partir das 22h00, no Largo D. Nuno Álvares Pereira, na Gala do Cante, nomeadamente o Grupo Coral da Freguesia de Monsaraz, os Mineiros de Aljustrel, e ainda a fadista Maria Emília, o poeta Manuel Sérgio e o guitarrista José Farinha. O festival vai encerrar no dia 29 de julho, pelas 18h00, no Largo do Castelo, com a atuação de grupos corais no evento O Vinho do Trabalho.
O programa inclui ainda exposições que poderão ser vistas de segunda a quinta-feira, das 10h00 às 13h00 e entre as 14h00 e as 22h00, e nos restantes dias até às 23h00.
A Igreja de Santiago – Galeria de Arte acolhe as mostras de fotografia Now and Ever Oliveiras, e Menires, Calçadas e Aldeias – nas ruas da vila, ambas de Renée Gagnon. Instrumentos de Tortura da Idade Média à Idade Moderna é o título da exposição da Minerarte, que vai estar patente na Praça de Armas do Castelo de Monsaraz, onde vai ser possível ver cerca de 40 réplicas de instrumentos de tortura em uso na Idade Média e no Renascimento, acompanhadas por mais de 20 cartazes descritivos das peças expostas.
Na Casa Monsaraz está patente a exposição de pintura de Ana Rita Janeiro, intitulada Reguengos de Monsaraz – Alentejo Puro; e na Casa do Forno vai estar a mostra de fotografias O Pão, o Forno e o Forneiro. O Museu do Fresco apresenta a exposição Monsaraz Medieval: o Sistema Defensivo e finalmente, no Centro Interativo da História Judaica em Monsaraz, pode-se ficar a conhecer e saber mais sobre a história e presença da minoria hebraica desta vila.
Já o programa de atividades é vasto e diversificado e inclui visitas à horta biológica e à exposição do Monte do Laranjal, provas de vinho, passeios e caça ao tesouro no Hotel São Lourenço do Barrocal, observações astronómicas na Casa Saramago e no Observatório do Lago Alqueva, passeios de barco e visita ao museu do azeite no restaurante Sem-Fim e ver pôr do sol com vista panorâmica para a planície na Casa D. Nuno, passeios a pé e de bicicleta pelo olival da pêga através da unidade de turismo Vila Planície e visitas ao Museu Mestre Batista, à Casa do Cante e à Casa do Barro – Centro Interpretativo da Olaria de S. Pedro do Corval, entre outras.
Para complementar, o programa inclui ainda um roteiro gastronómico com o menu Monsaraz Museu Aberto em seis restaurantes da freguesia de Monsaraz. Por 15 euros, os visitantes poderão degustar um menu (entradas, prato e sobremesa) diversificado nos restaurantes O Bizaca, Casa do Forno, Casa Modesta, Sem-fim, Taverna Os Templários e Xarez.