Museu do Côa nomeado para o Prémio Museu Europeu do Ano 2012

O Museu do Côa está nomeado para o Prémio Museu Europeu do Ano 2012, anualmente atribuído pelo European Museum Fórum. Esta é mais uma nomeação para um museu nacional, que em 2011 contemplou com uma menção especial o Museu do Douro, na Régua e já antes tinha reconhecido outros museus, como o Museu de Cerâmica de Sacavém. Também nomeados este ano estão o Hotel – Museu do Convento de São Paulo, no Redondo e o Centro de Interpretação do Vulcão dos Capelinhos, nos Açores.

A lista do European Museum Forum (EMF) promove a qualidade das instituições museológicas, sob supervisão do Conselho da Europa, reúne 46 nomeados de 20 países, entre eles Grécia, Irlanda, Rússia, Estónia, Alemanha, Holanda, Suíça, Espanha, França e Reino Unido.

A cerimónia de atribuição do Prémio Museu Europeu do Ano 2012 será em Penafiel, entre 16 e 19 de maio, durante a assembleia anual do EMF. A decisão final do júri terá em consideração os esforços feitos pelos museus para atrair visitantes, pelo desenvolvimento de programas nas áreas da interpretação, comunicação e marketing.

O Museu do Côa foi inaugurado a 30 de julho de 2010, pela então Ministra da Cultura Gabriela Canavilhas, como centro de interpretação do Parque Arqueológico do Vale do Côa e ergue-se no alto de uma fraga na margem esquerda do rio, na junção do Côa com o Douro, ocupa um área de 842 m2 de área de exposição de arte Paleolítica ao ar livre.

O edifício foi concebido pelos arquitetos Tiago Pimentel e Camilo Bastos Rebelo, fundindo-se com a paisagem, está semi-enterrado, com a cor e a textura do xisto, num edifício “escultórico” na interacção forte que estabelece com a paisagem, desenvolvendo-se ao longo de 4 pisos que englobam auditório, serviço educativo, área administrativa, loja e salas expositivas, onde estão presentes uma panóplia de estilos e com gravuras que recuam até há 20 mil anos.

A intenção de edificar o museu remonta a 1996, ano da criação do Parque Arqueológico do Vale do Côa, tendo em 1998 a UNESCO atribuído a classificação de Património Cultural da Humanidade à Arte Rupestre do Vale do Côa, referindo-se a esta região do Nordeste de Portugal, caracterizada por centenas de gravuras datadas do Paleolítico, como o maior museu ao ar livre do mundo, uma distinção agora reforçada com esta nova nomeação.

Por Clara Inácio e Elsa Furtado

 

Artigo anteriorMuseu dos Coches promove concerto de Ano Novo
Próximo artigoOvar revive tradição de Cantar os Reis

Leave a Reply