Doze espetáculos musicais constituem a grande fatia da nova temporada da Culturgest. O fado marca presença no espaço do Arco do Cego, em Lisboa, com dose dupla de Camané, que apresenta a 24 e 25 de setembro o seu último trabalho, Infinito Presente.
Já em outubro sobem ao palco os Oy Division, seguindo-se em novembro Maria João e Mário Laginha. No mesmo mês haverá ainda oportunidade de escutar António Eustáquio e Carlos Barretto, que estreiam assim aqui o primeiro álbum. Em dezembro, a música é dada por Dhafer Youssef. O tocador de oud e compositor faz-se acompanhar ao piano por Kristjan Randalu, ao contrabaixo por Phil Donkin e na percussão por Ferenc Nemeth.
De volta está o ciclo Isto é Jazz?, que traz em setembro Matte Rasmussen e o quarteto de Joe Morris, em dezembro. Da programação faz ainda parte o Jazz +351, que apresenta no pequeno auditório, Nuno Costa Detox, em outubro, e o quarteto de Ricardo Toscano, em novembro.
Quanto a teatro, o destaque vai já em outubro para House of Dance, da norte-americana Tina Satter, e em novembro Para Total Eclipse of the Heart do coletivo Kassys, numa encenação de Liesbeth Gritter. No último mês do ano, o cartaz conta com Hoke’s bluff e Slap talk, dos britânicos Action Hero.
Na área da dança, a Culturgest apresenta em setembro La Chance, peça resultante da proposta feita a Loic Touzé, com coreografia de Jocelyn Cottencin e interpretada por Loup Abramovici, Ondine Cloez e Carole Perdereau, entre outros. A festa é a proposta de Paulo Ribeiro, em novembro. No mesmo mês, o grande auditório abre as portas à companhia de Trisha Brown, um dos grandes nomes da dança contemporânea que trabalhou com Martha Graham.
Quanto a exposições, continua patente em setembro Honey, I Rearrenged the Collection…by Artist, estreando em outubro nenhuma entrada entrem, da responsabilidade do Projeto Teatral, numa parceria entre a Culturgest e o Teatro Maria Matos. De destacar ainda de outubro a dezembro, a mostra da dupla Marta Ângela e João Alves.
Da nova temporada fazem ainda parte conferências. O teatro é o tema central sugerido por Francisco Frazão, em setembro; já Maria José Pereira apresenta em novembro quatro conversas sobre dinheiro, amor e virtude.
A encerrar outubro regressa ao Arco do Cego o Doclisboa, enquanto que em dezembro são exibidos os filmes premiados do Cinanima. No mesmo mês, a programação propõe um ciclo dedicado a Alexander Kluge, nome maior do Novo Cinema Alemão de 1960/70, comissariado por Augusto M. Seabra.
Texto de Alexandra Gil
Foto de Francisco Padrão Mota e arquivo C&H