Previsto para os dias 18, 19 e 20 de julho, o percurso foi buscar o nome à palavra árabe que significa luz, prestando assim homenagem a este que foi um dos primeiros guetos muçulmanos da Europa.
De costas viradas para o rio, e logo sem sol na maior parte do dia, a Mouraria oferece vielas escuras que, foram desde sempre, palco de atividades ilícitas e de muita boémia. É, pois, este jogo de luz e sombra que propõe a iniciativa, sugerindo novas abordagens e diálogos com algumas das características pouco visíveis e esquecidas do bairro.
Com acesso a partir da Rua da Mouraria (Martim Moniz) e do Largo do Caldas (Rua do Regedor), NOOR apresenta um percurso passará pela Rua do Capelão, pelo Largo da Severa logo ao lado, partindo depois para a Rua da Guia, Rua Marquês de Ponte do Lima, Largo da Rosa, Largo dos Trigueiros e Rua de São Cristóvão.
O trajeto incluirá diversas etapas ligadas a elementos do património material e imaterial do bairro, que saltarão bem à vista graças a instalações e intervenções artísticas. No Largo da Severa, Chiara Pussetti apresentará Rua do Pecado, obra que irá repor o antigo ambiente boémio do fado no Largo da Severa, com a colaboração dos trabalhadores do sexo da Mouraria. Já no Colégio de Santo Antão o Velho, Lorenzo Bordonaro exporá Hope – Esperança com promessas de cera transformadas em instalação artística no interior do edifício. E estas são apenas duas das muitas surpresas que esperam aqueles que aceitarem o desafio. Para além do mais, todas as igrejas ao longo do percurso ficarão abertas e iluminadas durante o evento. O Largo da Rosa, esse acolherá concertos, V-jamming, laser graffiti e um espaço lounge.
NOOR – Mouraria Light Walk realiza-se entre 18 e 20 de julho, entre as 22h00 e as 2h00.
Texto de Alexandra Gil