No passado sábado, a Casa da Música voltou a encher-se para mais uma edição do Optimus Clubbing, desta vez, com os franceses Nouvelle Vague como cabeças de cartaz.
Faltavam cerca de 30 minutos para o início do espetáculo quando as portas da Sala Suggia abriram ao público. Com concerto esgotado, não foi preciso muito tempo até que os lugares fossem ocupados, fazendo com que muitos dos seguidores da banda se acumulassem nas escadas para ouvir Nouvelle Vague.
Às doze badaladas, o coletivo musical, formado por Marc Collin e Olivier Libaux, subiu ao palco ao som de “Killing Moon”. Na bagagem, a banda trouxe um conjunto de temas clássicos reinterpretados, sob influência da bossa nova e da new wave, nas vozes femininas de Liset Alea, Mélanie Pain, Phoebe Killdeer e da nova vocalista Zula. De vestidos curtos, cabelos a esvoaçar, danças provocantes e vozes sussurrantes, as francesas conquistaram o público durante todo o concerto num ambiente smooky, marcado pela sensualidade.
Não tardou a chegada de “Dancing With Myself”, uma versão retro da música popularizada por Billy Idol, que levou toda a plateia a dançar nos bancos e nas escadas.
Seguiram-se temas como “A Forest”, “Guns of Brixton” e “Putain” mas o primeiro momento alto da noite chegou com “Just Can’t Get Enough”. A energia contagiante das vocalistas fez o público desejar que a sala da Casa da Música não tivesse cadeiras. Se antes do concerto eram muitos os que procuravam um lugar sentados, depois deste tema vários fãs não voltaram aos seus lugares formando uma multidão em frente ao palco.
“Teenage Kicks”, “Blister in the Sun” e “Dance with me” deram seguimento à festa. O momento mais caloroso da noite chegou ao som de “Too Drunk To Fuck”. De copo na mão, a banda levou o público a um estado de “embriaguez coletiva” com a divertida letra da banda punk Dead Kennedys.
Os franceses ainda voltaram ao palco com “I Can’t Escape Myself”, “Déréglée” e “Love Will Tear Us Apart”, dos Joy Division.
“Nós queremos ficar em Portugal para sempre”, disseram os Nouvelle Vague durante o concerto. Pela reação do público e o ambiente de farra que contagiou a plateia durante mais de uma hora espetáculo, arriscamos dizer que Portugal também quer que a banda fique. À saída do concerto era unanime a questão: “Quando é que eles voltam?”.
Na mesma noite, atuaram ainda na Casa da Música Nadia Ksaiba, Sonja, Little Friend e o britânico Matt Waites. Apesar de terem atuado ao mesmo tempo que os cabeças de cartaz, os AWSUM reuniram uma plateia no espaço Cibermúsica para apresentar o EP “Golden Ears”. O álbum, influenciado pelas sonoridades da soul e eletrónica, reúne um conjunto de temas frescos e catchy interpretados pela voz doce da vocalista Sky.
Por Sandra Mesquita Fotos gentilmente cedidas por Peach & Pie – Photography