Depois de vários anos de sonhos, de promessas e de projetos, eis que finalmente abriu ao público a nova ala do Museu Nacional de Arte Contemporânea, MNAC – Museu do Chiado,
Para já, abriu só a parte anteriormente ocupada pelo antigo Governo Civil de Lisboa, mas mesmo assim, são cerca de 1,600 metro quadrados, com cerca 25 salas de exposição, e onde durante um ano vai ser possível ver cerca de 70 peças escolhidas da colecção SEC, de 48 artistas que marcaram a Arte em Portugal nas últimas décadas.
O projeto de ampliação é da autoria do arquiteto Paulo Freitas e aqui impera o branco, quer nas paredes, nos tetos trabalhados e no chão. Muitas das características decorativas originais foram mantidas, como as molduras nas paredes e as decorações dos tetos, ou o chão em madeira de tábua corrida em algumas salas.
Narrativa de uma Coleção – Arte Portuguesa na Coleção da Secretaria de Estado da Cultura (1960-1990) foi o título escolhido para a mostra inaugural e que acarretou alguma polémica, levando à demissão do diretor David Santos, a par do destino futuro da colecção.
Para já, o público pode ver cerca de 70 peças, que pertencem à colecção SEC, que inclui mais de 1000 obras de arte contemporânea adquiridas pelo Estado a partir de 1975 e que até recentemente se encontravam dispersas por diversas instituições e organismos públicos, Museu do Chiado, Fundação Serralves, Centro Português de Fotografia, Câmara Municipal de Aveiro, embaixadas e gabinetes, estando cerca de 500 delas em depósito na Fundação de Serralves até 2027.
A exposição inclui obras de obras de Paula Rego, Julião Sarmento, René Bértholo, António Charrua, Fernando Calhau, António Dacosta, Helena Almeida José Pedro Croft, Lourdes Castro, Álvaro Lapa, José Guimarães, Lourdes Castro, Nikklas Skapinackis, ou Ângelo de Sousa, entre tantos outros; a óleo, fotografias, esculturas, tinta-da-china sobre papel e serigrafias, compõem esta produzidas nas décadas de 1960, 70 e 80, que agora podem ser vistas sozinhas em salas pequenas, ou em conjunto em salas grandes, ou ao longo dos corredores.
Por enquanto, e segundo os responsáveis da Direcção Geral do Património, a entrada nesta ala vai ser feita para já unicamente pela Rua Capelo, pelo menos até dezembro, altura em que está planeado ficar concluída a ligação entre as salas dos dois edifícios, passando depois o acesso a poder ser feito também pela Rua Serpa Pinto.
Depois da ligação feita, o objetivo é a nova ala apresentar e dar a conhecer as obras da colecção do MNAC até agora em reserva, e que com este aumento do espaço podem agora ser vistas numa nova apresentação e exposição, com um fio condutor de ligação entre as peças já patentes ao público e as peças que estão guardadas, segundo explicou ao C&H Samuel Rego, subdiretor da DGPC e neste momento designado como responsável pelo MNAC até à nomeação de um novo diretor.
A segunda fase de ampliação, que inclui o edifício da Polícia, abrange mais de 2.000 metros quadrados de espaço expositivo, ainda não tem data prevista de arranque.
O bilhete, esse é único para o Museu todo e custa 4,50 euros. As visitas podem ser feitas de terça a domingo, das 10h00 às 18h00, até dia 12 de julho de 2016.