A Bela e o Monstro: Contos de Encantamento é o quinto volume da colecção Contos Maravilhosos Europeus, onde Francisco Vaz da Silva selecciona e comenta as variantes que existem sobre esta história a partir dos originais de Apuleio (séc. II), de Basile (séc. XVII), de Leprince de Beaumont (séc. XVIII) e dos irmãos Grimm (séc. XIX), assim como de uma série de textos provenientes das tradições orais.
Os contos tradicionais ditos maravilhosos, ou de fadas, descrevem terríveis tribulações, prodígios de abnegação, sofrimentos insondáveis; mas simultaneamente dão a entender que o sofrimento gera a compreensão, o sacrifício propicia a renovação, a abnegação prepara proventos futuros. Incitam auditores e leitores a não baixar os braços, convidam a porfiar. Proclamam que a crise é necessária ao crescimento, que a adversidade fornece alento e inspiração. Os contos tradicionais maravilhosos são, ontem como hoje, um importante recurso espiritual.
As variantes apresentadas tornam claro que a narrativa que nos é familiar a partir de livros e filmes para crianças é apenas uma das formas que o tema assume. A Bela e o Monstro é, efetivamente, um tema complexo e variado que tem uma longa e antiga tradição.
A Bela e o Monstro: Contos de Encantamento, de Francisco Vaz da Silva, Temas e Debates, com 320 páginas, à venda por 17,70 euros.
Na história da ciência e da civilização, Nicolau Copérnico ocupa uma posição singular. Nascido na Polónia em 1473, foi educado para ser cónego da Igreja Católica e estudou medicina, mas a sua paixão secreta era a astronomia. Em 1514, o tímido clérigo já fizera circular um esboço inicial da sua teoria heliocêntrica – em que desafiava o universo de Ptolomeu e posicionava o Sol no centro do universo, com a Terra a movimentar-se à sua volta.
Durante as duas décadas seguintes, Copérnico desenvolveu a sua teoria mediante centenas de cálculos e observações – sem o auxílio de instrumentos dotados de lentes – enquanto coligia um manuscrito que atiçava a curiosidade de matemáticos e cientistas de toda a Europa. Porém, receando o ridículo, Copérnico recusava-se a publicá-lo.
Em 1539, um jovem matemático alemão, Georg Joachim Rheticus, atraído pelo rumor de que o manuscrito continha a semente de uma revolução científica que rivalizava com a Reforma de Martinho Lutero, viajou até à Polónia para se encontrar com Copérnico. Embora Rheticus fosse adepto da Reforma, sendo portanto proibida a sua presença na diocese católica de Copérnico, passou dois anos a colaborar com o mentor e, em seguida, levou a obra a um impressor de Nuremberga, para ser publicada. Essa obra – Das Revoluções dos Corpos Celestes – mudou para todo o sempre o lugar da humanidade no universo.
Um céu mais perfeito, de Dava Sobel, Temas e Debates, com 316 páginas, à venda por 18,80 euros.
Ao encontro de Espinosa – as emoções sociais e a neurologia do sentir, de António Damásio, Temas e Debates, com 364 páginas, à venda por 19,90 euros.