No estilo cativante e de escrita fluida e ginasticada de Daniel Silva, acompanhamos Gabriel Allon, espião israelita e restaurador de arte em mais uma aventura, desta vez na busca de um quadro desaparecido. Uma obra inestimável, sem preço que desapareceu sem deixar rasto, do mestre Rembrandt. Gabrial Allon está refugiado nos penhascos de Lizard Peninsula, acompanhado da sua bela mulher, Chiara, onde cada um tenta sobreviver ao dia-a-dia depois do pesadelo da perda de um bébé.
Julian Isherwood, o sedutor e excêntrico negociante de arte londrino lê a noticia da morte de Christopher Liddell, um restaurador de arte, em Glastonbury e o quadro de Rembrandt, que lhe havia entregue para restaurar, é misteriosamente roubado.
Esta busca transporta o leitor até aos meandros do submundo do mercado de arte, em que o leitor se apercebe que o roubo de arte ocupa o quarto lugar, como o negócio mais lucrativo a seguir ao tráfico de droga, à lavagem de dinheiro e ao tráfico de armas. Põe a nu a realidade das falta de segurança dos museus, sendo mais simples assaltar um museu do que uma loja de qualquer centro comercial do mundo, cheia de câmaras de vigilância e de seguranças.
O rasto de pistas leva Gabriel a Amesterdão, com passagem por Buenos Aires e terminando numa villa nas margens do Lago Genebra. Gabriel vai descobrir que o quadro tem segredos mortíferos associados. E homens malévolos por trás deles.
Gabriel vai encontrar no caminho uma jornalista londrina, determinada a desfazer o pior erro da carreira, um ladrão de arte, perseguido pela sua consciência, e um multimilionário suíço, conhecido pelas suas boas ações mas bem capaz de estar por trás de uma das maiores ameaças que o mundo enfrenta.
O Caso Rembrandt com chancela da Bertrand, é a mais recente obra de Daniel Silva publicada entre nós, com tradução de Vasco Telles de Menezes, com 448 páginas e um preço de venda ao público de 17,15 euros.
Texto de Clara Inácio