Música, teatro e dança marcam a programação de 2014 do Centro Cultural de Belém, que este ano assinala alguns aniversários, como o da Revolução dos Cravos e o do nascimento de Shakespeare.
A arrancar a temporada, a Orquestra Gulbenkian muda-se – devido às obras na Fundação – para o CCB, estando agendados diversos concertos às quintas e sextas, até fevereiro. Já a Metropolitana de Lisboa, essa tem o domingo como dia das suas atuações.
Em destaque estará também a música barroca, com o décimo aniversário dos Divino Suspiro. No que toca à música de câmara, o foco centra-se na integral das sinfonias de Beethoven, havendo ainda espaço para concertos a cargo dos DSCH-Schostakovich Ensemble e dos Moscow Piano Quartet. O primeiro agrupamento tem agendadas três atuações, uma delas no Bom dia Música.
Mas nem só de música erudita vive a programação do CCB. Tó Trips dos Dead Combo, Capitão Fausto ou Samuel Úria são apenas alguns dos nomes previstos para o CCBeat.
De volta está a Carta Branca, que desta vez dá total liberdade a Manuela Azevedo. Outro dos regressos é o programa Dias da Música, que este ano acontece entre 2 e 4 de maio. Sob o lema Mudam-se os Tempos, inclui o ciclo de fado com Gisela João, Maria Ana Bobone, Ricardo Ribeiro e Carminho. No campo do jazz, viajam até Lisboa Chick Corea e Egberto Gismonti.
O Festival Big Bang comemora os 40 anos do 25 de abril. Nesta iniciativa, os mais pequenos são o público privilegiado de uma série de espetáculos, podendo ainda dar largas às suas ideias sobre a sociedade e o mundo.
O CCB comemora ainda os 400 anos do nascimento de William Shakespeare com uma programação de luxo. Macbeth – com encenação de Álvaro Garcia de Zuñiga – António e Cleópatra, de Tiago Rodrigues e Noite de Reis, a cargo dos Lisbon Players, são as peças em destaque.
No que respeita as produções externas, o cartaz do CCB conta com nomes como Ute Lemper, Mónica Ferraz, Blasted Mechanism ou Rodrigo Leão. Os amantes da dança, esses não vão querer perder a atuação de Aakash Odedra, bailarino de origem indiana que tem feito furor na Grã-Bretanha e cuja digressão mundial passa agora pela sala portuguesa.
Texto de Alexandra Gil