Arpad Szenes e Vieira da Silva – Os Anos de Exílio no Brasil (1940-1947) é a mais recente exposição apresentada pela Fundação com o nome dos artistas, em Lisboa. Esta mostra pode ser vista até ao dia 7 de maio e integra a programação da Passado e Presente – Lisboa, Capital Ibero-americana de Cultura 2017.
O museu traz a público a produção artística dos dois artistas num período conturbado da História, o da Segunda Grande Guerra. Maria Helena Vieira da Silva e Arpad Szenes viveram no Rio de Janeiro, entre 1940 e 1947 exilados, em grande parte devido à origem judaica de Arpad (nascido húngaro e nacionalizado francês). As novas amizades que fizeram no local, o afastamento da família e dos amigos, as diferenças, o incipiente circuito cultural do Rio e a realidade cosmopolita europeia e um clima tropical tão distinto do temperado europeu refletem-se nas obras realizadas neste período e agora apresentadas.
O exílio no Brasil foi particularmente doloroso para Vieira da Silva e a sua obra reflete as suas inquietações: a dor da guerra, o absurdo da condição humana, o desenraizamento e a saudade. Arpad opta por se dedicar ao ensino a par das encomendas (ilustração e retrato) que lhe iam sendo feitas, sendo desde logo requisitado para dar aulas de pintura e história da arte a alunos de idades e formações variadas. Maria Helena é um dos seus temas recorrentes, e o pintor retrata-a em inúmeros registos que eternizam a imagem da pintora neste período.
A exposição tem curadoria de Marina Bairrão Ruivo, e está organizada em grandes núcleos: “A Guerra”, “A Paisagem do Rio de Janeiro”, “Os Amigos” e “Os Ateliers” e finalmente, o Casal e os retratos de Maria Helena por Arpad.
A exposição está patente até 7 de maio de 2017. Pode ser visitada de terça-feira a domingo, das 10h00 às 18h00. A entrada custa 5 euros e é gratuita para menores de 14 anos.