A Parques de Sintra Monte da Lua deu início a várias obras de conservação e restauro no Palácio Nacional da Pena. Foi escolhida esta altura por ser de menor afluência de visitantes, e assim o monumento poder continuar a receber visitantes, permitindo-lhes assistir aos trabalhos de restauro e dialogar com os técnicos, dando outra imagem e vida ao património, à semelhança do que acontece em outros monumentos europeus, como o Palácio de Versalhes em França, ou o Palácio de Schönbrunn em Viena de Áustria.
Os trabalhos em curso incluem o restauro das famosas cúpulas de azulejos dourados com as suas flechas de crescente lunar que remetem para o “Monte da Lua” sintrense e, para o mundo árabe; outro dos projetos é o restauro do mobiliário do Salão Nobre. Trata-se do mobiliário que D. Fernando adquiriu à Casa Barbosa e Costa, de Lisboa, em 1867; também a famosa janela neomanuelina, inspirada na janela do Convento de Cristo, em Tomar, verá os seus caixilhos de madeira restaurados; também a escada das Cabaças será alvo de recuperação, a nível da sua pintura mural; na Sala de Estar da Família Real vai ser restaurada a pintura mural em trompe l’oeil; na Capela do Palácio decorre o restauro da histórica janela de pau-santo e dos vitrais. Os vitrais são de Nuremberga, de 1841.
Estes projetos de restauro resultam de parcerias entre os técnicos da Parques de Sintra e o Instituto dos Museus e Conservação. A complexidade de alguns, como o dos vitrais justificou a parceria com o Departamento de Conservação e Restauro da Universidade Nova de Lisboa.
Texto de Clara Inácio