Entre 22 e 24 de setembro Palmela propõe uma viagem até aos tempos medievais, com a recriação da Feira Medieval, mais concretamente até ao período da formação da nacionalidade e às várias (re)conquistas de Palmela e do seu Castelo, com a evocação de quatro datas, durante o século XII, o período de formação da urbe cristã e a preparação da conquista de Alcácer do Sal, em 1217.
Em pleno século XII, Palmela – a Balmala muçulmana – é disputada entre cristãos e muçulmanos. Palmela é quatro vezes conquistada pelos cristãos, a primeira das quais em 1147, por D. Afonso Henriques, logo após a conquista de Lisboa. Dez muçulmanos fogem de Lisboa, numa canoa, transportando mensagens de pedido de auxílio dirigidas ao emir de Évora, que tentam fazer chegar a Palmela; a canoa é perseguida pelos cristãos e, os muçulmanos apavorados, abandonam-na, deixando nela as mensagens. A guarnição muçulmana do castelo de Palmela, reconhecendo a vitória portuguesa em Lisboa, foge, tal como as gentes que habitavam a medina. Por algum tempo (indefinido), o castelo passa para as mãos dos portugueses liderados por Afonso Henriques. Pouco depois, é reconquistada pelos muçulmanos.
Em 1165, os portugueses conquistam de novo Palmela, e outros castelos da região. Entre essa conquista e 1191, forma-se e cresce o povoado cristão de Palmela; fixam-se também judeus e, no arrabalde, concentram-se mouros forros, protegidos pelo rei através da concessão de foral, em 1170. No castelo está instalado o Alcaide, existe a igreja de Santa Maria. Criado o concelho por Foral de 1185, o castelo é doado aos freires da Ordem de Santiago em 1186.
1191 é data de conquista do castelo pelos almóadas, muçulmanos provenientes do Norte de África, liderados pelo califa Abu Yacuf Al-Mansur: o castelo é atacado, devastado e incendiado. Aqui se instalam, durante 3 a 4 anos, um comando almóada e a sua guarnição.
As hostes régias e as da Ordem de Santiago recuperam Palmela aos almóadas, entre 1194-95. O castelo recebe o seu convento e quartel-general dos Espatários e estão vão fazendo guerra de desgaste aos almóadas que dominam Alcácer.
Em 1217, o comendador-mor da Ordem de Santiago em Portugal, e comendador de Palmela, era Martim Barregão. Este líder comanda as hostes da Ordem de Santiago na batalha de Alcácer do Sal, entre cristãos e muçulmanos, cabendo a vitória aos portugueses.
O programa inclui desfiles diurnos e noturnos, torneios, representações teatrais, música, gastronomia, danças, jograis, artes de rua, falcoaria, acampamentos temáticos, artesanato e mercado medieval.
No recinto vai haver animação permanente, da abertura ao fecho. A música vai estar a cargo dos Strella do Dia, Grupo de Percussão e Gaitas – Sociedade Filarmónica Palmelense «Loureiros», Les Musiciens du Royaume – Sociedade Filarmónica «Humanitária», Gaiteiros da Bardoada, Jograis d’el Rei, Alvorada, coros e Música da Época por Eduardo Ramos, entre outros.
Nas danças, destaque para as danças orientais pela Companhia Al-Nawar, e ATA – Dança Flor Lotus e ainda atuações pelo Grupo de Danças Sociedade Filarmónica Palmelense «Loureiros».
No sábado dia 23, pelas 20h00, tem lugar uma Ceia Medieval na Taverna (o preço – com entrada na feira – é de 20 euros por adulto e 12 euros para crianças (dos 6 aos 12 anos).
No Revelim Norte vai ser possível encontrar Acampamento de profissões – Arqueiros d’el Rei , Minearte; Fazenda dos Animais – Leonor e os Gansos; e Acampamento de Falcoaria – Artfalco.
Na Praça de Armas vão ter lugar Jogos infantis – Década de Sonhos; e no Arrabalde vai estar a Guarda Moura – Os Berberes e a Exposição Árabe – Abdel Saara e no Revelim Entrada – Terreiro da Moirama estão os Camelos – Alcaide, e na Igreja de Santa Maria encontra-se uma Tenda de Chá – Addel Saara.
Na Liça estão instalados os Acampamento de Armas – Espada Lusitana e o Acampamento Cavalaria – Cavaleiros de Ribadouro; e vão ter lugar as demonstrações de Falcoaria.
Pelas 21h30 tem lugar o desfile noturno (com o grupo Espada Lusitana, Cavaleiros Ribadouro, AGAPE, Orquestra Bardoada, Ten_Tart) entre a Liça para Igreja de Santa Maria.
Vão decorrer também atividades e animação na Igreja de Santiago, Largo Dom Afonso Henriques e no Anfiteatro Bosque.
As entradas têm o valor de 2,50 euros para um dia e de 5 euros para os três dias. A entrada é gratuita para visitantes com idade igual ou inferior a 12 anos, e estão à venda na Casa Mãe da Rota dos Vinhos, no Posto de Turismo de Palmela, na Biblioteca do Pinhal Novo e no local na sexta-feira das 16h00 às 23h00, no sábado e domingo das 13h00 às 23h00.
Durante os dias da feira vai funcionar um roupeiro medieval onde os visitantes poderão alugar fatos e vestir-se a rigor, quem o fizer tem entrada gratuita no recinto da Feira.