Reportagem de Sandra Mesquita (texto) e Catarina Costa (fotos)
Apesar da chuva ter ameaçado a grande celebração da primavera musical portuense, o segundo dia do NOS Primavera Sound levou 25 mil pessoas ao Parque da Cidade do Porto.
Em sotaques diferentes e num tom mais ou menos entusiasmado, Pixies – os cabeças de cartaz–eram o tema das várias conversas que se faziam ouvir no recinto. A banda norte americana, que marcou a cena do rock alternativo da década de 90, foi recebida por uma enorme multidão num concerto que, apesar de competente, desiludiu pela falta de vivacidade.
A banda de Black Francis subiu ao palco às 22h35 ao som de “U-mass”, seguiu-se “Debaser” mas foi o clássico “Hey” que conseguiu despertar a multidão. Este momento voltou a repetir-se mais tarde com o icónico “Here Comes Your Man” naquele que, como seria de esperar, foi o ponto alto da noite com o público a entoar em uníssono refrão.
Após uma hora e meia de concerto, que terminou com o icónico “Where is my mind”, o público despediu-se da banda com um extenso aplauso de cinco minutos. Para alguns foi o reviver de uma época, para outros, a oportunidade de ouvir ao vivo os clássicos ou o novo “Indie City”. Depois da banda abandonar o palco, foram muitos rumaram à saída dando por encerrado o segundo dia do Festival.
Os resistentes, alguns já estendidos sob a relva do parque da cidade, aguardaram por Mogwai. Os escoceses subiram ao palco ao início da madrugada presenteando o público com o post rock instrumental que os caracteriza.
Horas antes, ao por do sol, o palco principal recebeu o rock experimental das Warpaint. De cabelos pintados de rosa e azul e atitude descontraída, o trio norte-americano não perdeu tempo a interagir com o público. Estavam ali para tocarem os seus temas e foram isso que fizeram, com alguma apatia, mas com uma multidão a crescer a olhos vistos.