Quatro brancos, um rosé e três tintos, com a assinatura Quinta de Cidrô, foram as novidades apresentadas recentemente, em Lisboa, pela Real Companhia Velha. Os vinhos de uma das propriedades da marca são o retrato de um Douro moderno, que trabalha castas nacionais, mas também castas internacionais.
A apresentação dos vinhos teve lugar esta quinta-feira, no Le Consulat: Art and Drinks, no Chiado e contou com a presença de Pedro O. Silva Reis (responsável de marketing) Jorge Moreira (diretor de enologia) e Rui Soares (técnico de viticultura). “Fazer novos estilos e novos produtos, dentro da região demarcada que é o Douro” explicou o enólogo Jorge Moreira. Rui Soares descreveu as características da Quinta de Cidrô, um espaço onde convivem “uvas brancas com tintas”. A época da vindima é aqui muito longa, dura cerca de dois meses, atendendo às especificidade de cada casta e dos diferentes vinhos produzidos.
Dos brancos, chegam agora ao mercado as colheitas de 2016: “Alvarinho”, “Chardonnay”, “Gewurztraminer” e “Sauvignon Blanc”, assim como também o Rosé.
Com o Alvarinho, a Real Companhia Velha ousou trabalhar a casta rainha dos vinhos verdes na mais antiga região demarcada do Mundo (9 euros). O Quinta de Cidrô Chardonnay 2016, exibe uma complexidade de aromas e é recomendado para acompanhar pratos de bacalhau, mariscos e saladas (13,50 euros).
O Gewurztraminer, casta originária da região da Alsácia, em França, mostra o forte caráter do Douro. É um vinho original, que pede pratos de sushi, de caril ou saladas (13,50 euros). Já o Quinta de Cidrô Sauvignon Blanc é um branco de aroma muito expressivo. Revela-se uma excelente companhia para ostras, peixes grelhados e carpaccios (12,50 euros).
O Rosé é elaborado como se de um branco se tratasse, a partir das castas autóctones Touriga Nacional e Touriga Franca. É um vinho com intensas notas florais, combinadas com frutos vermelhos. Revela-se uma boa proposta, no verão, para acompanhar pizzas, carpaccios e saladas (8,50 euros).
Nos tintos, há novas colheitas prontas para chegar à mesa, como o “Touriga Nacional”, a estrear a colheita de 2015 (14 euoros), o “Pinot Noir” de 2014 (15 euros) e ainda o “Cabernet Sauvignon & Touriga Nacional”, cuja colheita atual é a de 2008 (16 euros).
A Quinta de Cidrô fica localizada em S.João da Pesqueira. Foi adquirida pela Real Companhia Velha em 1972, tendo sido requalificada ao nível do vinhedo, mas também do património urbano. Ao longo das duas últimas décadas, a Quinta de Cidrô foi-se transformando num modelo de experimentação vitivinícola, através da introdução de novas castas e novos estilos de vinho, que têm contribuído para a imagem de um Douro moderno.