Quando Roberto Carlos está aqui….vivem-se momentos lindos

Reportagem de Madalena Travisco e António Silva

Na noite de 14 de maio, a MEO Arena encheu-se de 12500 pessoas prontas para o primeiro de quatro concertos de Roberto Carlos em Portugal.

Os assobios começaram a revelar ansiedade na espera que viria a ser saciada cerca de meia hora depois da hora marcada para o início do concerto. Depressa os assobios passaram a vigorosas palmas. O som dos primeiros instrumentos – sob a batuta do maestro Eduardo Lajes – e um imponente efeito de luzes não fizeram pestanejar os olhos fixados no palco que esperavam o Rei.

Aos primeiros acordes de “Emoções”, o público levanta-se e aplaude de pé a entrada do homem de branco que agradece e diz: “Quero dizer uma coisa para vocês:” iniciando ”Quando eu estou aqui, vivendo esse momento lindo (…) ,”interpelado por aplausos. Às “emoções” da abertura agradece todo o carinho, todo o amor e todas essas coisas lindas que tem recebido desde que nasceu [risos…, pela tenra idade]: “obrigado por tudo, obrigado por terem vindo”.

E seguem-se os sucessos da longa carreira tipicamente marcada por canções românticas: “Eu te amo, te amo, te amo”, “Além do horizonte”, “Ilegal ou imoral ou engorda”. Em modo acústico, à guitarra, vêm os “Detalhes” com a certeza, cantada por todos, de que “(…) de  vez em quando, você vai  lembrar de mim”.

Na arte de falar o que os corações românticos gostam de ouvir, revela que para dar certo tem que ser como ELAS querem (em “Desabafo”) e que o verdadeiro amor existe sempre (em “Outra vez [você foi]”, “Lady Laura” e “Nossa Senhora”). Ensaiou um “Coimbra [do Choupal]” antes do som de buzinas (bii-bip) anunciar o esperado “Calhambeque” – primeiro em versão instrumental e depois cantada. “Mulher pequena”, “Negro gato” antecederam “Canzone per te” e  “Proposta”.

Sem surpresas, o tema “As baleias” continua intemporal no tamanho êxito e na contemporaneidade da preocupação. Mais ligeiro com “Esse cara sou eu”, trouxe também a “Aquarela do Brasil”, antes de dedicar ao público o que queria dizer em forma de canção, por ser melhor a cantar do que a falar: “Como é grande o meu amor por você”. Muitas palmas. Todo o pavilhão de pé. “Jesus Cristo” foi o tema de encerramento, com muita gente deslocada para a primeira linha de palco, de onde, com sorte, poderia receber uma rosa encarnada para acalentar mais ainda tantos corações emocionados.

 

 

 

 

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