Concertos, óperas e bailados, a par de visitas temáticas a museus e galerias, “procuram evidenciar o que de mais original existe no património e nas coleções da museologia portuguesa”.
O espetáculo Schubert. Octeto – Seis Paisagens para Seis Andamentos, a 17 de outubro, às 21h00 – no qual oito artistas de exceção interpretam uma das mais emblemáticas obras de Schubert, com a imagem e a moderna técnica dos audiovisuais a proporcionarem, ao espectador, uma visão singular da obra – dá início a dez dias dedicados à Cultura.
Nesta edição, a Rota das Artes promove ainda diversos roteiros museológicos subordinados aos temas “Lisboa, antes e depois do terramoto”, “Prata, ouro e pedras preciosas para épocas de magnificência”, “Azulejo – a revelação de uma imagem fragmentada” e “Tapeçaria – uma magia construída do avesso”. O programa inclui também uma visita ao Museu Nacional de História Natural e da Ciência – “Museu Concerto” –, na companhia de uma interpretação musical ao vivo.
O público jovem é uma das prioridades desta iniciativa, com espetáculos especialmente pensados para escolas e famílias, como é o caso de Estilos Musicais que, convida a participar numa viagem aos momentos mais expressivos da história da música do mundo ocidental, com uma narração acompanhada por uma orquestra de câmara e toda uma sequência de sugestivas imagens. A Flauta Mágica, de Mozart, é outro exemplo, apresentada com a colaboração de um marionetista, colaborador de Ingmar Bergman, quer no teatro como no cinema.
Datado de 1761, o Real Picadeiro é o único edifício sobrevivente do Colégio dos Nobres, instituído por vontade do Marquês de Pombal. O seu auditório, com capacidade para 800 espetadores, proporciona uma experiência visual e acústica ímpar, que permitirá gravar todos os espetáculos – em áudio e vídeo – para futura distribuição comercial.
Texto de Mariana Ferreira Machado