O mito de Fausto sobe hoje à cena da Sala Estúdio, do Teatro Nacional D. Maria II, numa peça encenada por Francisco Salgado, a partir de textos de Fernando Pessoa e Christopher Marlowe.
Fausto, de Fernando Pessoa e Doutor Fausto, de Christopher Marlowe, são livremente reconstruídos, manipulados e readaptados neste espetáculo, no qual se procura encenar o tão contemporâneo problema da gratificação imediata e das suas consequências. A possibilidade de obtenção rápida de conhecimento e de prazeres leva Fausto a decidir vender a sua alma ao Diabo. Esta decisão baseia-se tanto na crença de que o futuro é uma entidade distante, como na convicção de que o Inferno pode não existir. Terá Fausto consciência das consequências das suas decisões e optará, ainda assim, por as ignorar? Deve-se a natureza deste contrato às más deliberações de Fausto, ao poder persuasivo de Mefistófeles, ou a um pouco de ambas?
A peça conta com interpretação de Pedro Gil, Pedro Lacerda e Mia Farr, e conta com dramaturgia de Maria Mendes e Francisco Salgado.
Fausto vai ficar em cena no Teatro Nacional D. Maria II até dia 2 de junho, de quarta a sábado às 21h15 e domingo às 16h15.
Os bilhetes variam entre os 8 euros e os 13, 50 euros, e 5 euros às quinta-feiras, o dia do espetador.
Reportagem de Jorge Rodrigues